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A Ascensão e o Legado do Raça Negra: Do Pagode à Nostalgia

Você já se perguntou como o Raça Negra, aquela banda que embala churrascos de domingo e festinhas de escola, se tornou um ícone musical dos anos 90? Pois é, quem diria que o grupo, que tocava em botecos e pagodes de esquina, daria um gatilho nostálgico até nos corações mais peludos e brutos da vida.

Quando eu escuto uma música do Raça Negra, bate uma nostalgia imensa. Lembro de um tempo em que minha única preocupação era descolar uns cruzeiros para jogar The King of Fighters nos fliperamas da vida. Vamos falar desse grupo que estourou em uma das últimas décadas que ainda fazia sentido viver. Mas antes, estoura o dedo no botão do like, porque você ajuda o canal a crescer. Comenta aí qual é a sua música preferida do Raça Negra e por quê. Vamos começar!

As Origens do Raça Negra

São Paulo sempre foi o epicentro de grandes movimentos musicais, independentemente do gênero ou estilo. Principalmente nos anos 80, a cidade floresceu com grandes nomes da música brasileira. Na zona leste, mais precisamente na Vila Nhocuné, nasce a banda Cor do Samba, ainda no começo dos anos 80. Mas quem é da ZL sabe, a zoeira nunca acaba, e a turma aloprava o nome Cor do Samba. Por unanimidade pública, eles mudaram o nome para Raça Negra.

No início, a banda fazia apenas covers e tocava nos botecos da vida. Contudo, resolveram se aventurar no mundo das músicas autorais, o que fazia sentido, considerando que o samba e o pagode estavam em alta na mídia, especialmente na virada para os anos 90. Eles gravaram uma fitinha demo e conseguiram um contrato com a RGE Discos. O primeiro grande hit foi “Caroline,” que fez sucesso nas rádios do Brasil.

O Sucesso de “Caroline” e os Primeiros Discos

“Caroline,” do primeiro disco de 1991, foi um sucesso instantâneo. A banda começou a se apresentar na TV e a aparecer nas rádios mais importantes do eixo Rio-São Paulo. Luiz Carlos, a mente por trás da composição, tinha uma maneira peculiar e apaixonada de narrar histórias de amor em suas canções. Sua língua presa dava um charme especial às músicas.

A forma como os grupos de pagode lançavam seus discos era diferente das bandas de rock e pop. O Raça Negra lançou, na sequência, seu segundo disco em 1992, com o mesmo nome, mas com outra capa e novas músicas. “Doce Paixão,” um cover de Zezé Di Camargo e Luciano, e “Pensando em Você” foram alguns dos sucessos desse álbum. Mas foi com “Cigana” que eles realmente se destacaram.

Hits e Ascensão no Brasil

“Cigana” foi um dos hits mais tocados no Brasil, e até hoje, a música “Cheia de Manias” atravessa gerações, sendo cantada por jovens que nem viveram os anos 90. Esse disco foi o que mais emplacou hits pelo Brasil, incluindo “É Tarde Demais,” que entrou no Guinness Book como a música mais tocada em um único dia no mundo – 600 vezes em 20 de julho de 1995.

O Raça Negra abriu as portas para muitos outros grupos entrarem no mercado. Eles são a primeira onda do pagode. Após eles, bandas como Molejo e Exaltasamba vieram com uma nova estética, parecendo boy bands, como Soweto e Katinguelê. Esse novo estilo deixou de lado arranjos mais complexos e composições elaboradas.

Expansão Internacional e Relevância

O sucesso do Raça Negra não se restringiu ao Brasil. Eles rodaram pela Ásia, Europa, África e até na terra do Tio Sam, onde conseguiram juntar 70 mil pessoas em um show. Apesar do sucesso, a história de Edson Café, um dos membros, teve um desfecho triste. Após sair do grupo, ele virou morador de rua. Café teve um derrame e, sem poder tocar, se entregou às drogas, perdendo tudo o que tinha.

Quando o Raça Negra saiu da RGE Discos em 1998, a gravadora acabou falindo. Mudaram o nome para Som Livre, mas era basicamente a mesma empresa. Nos anos 2000, a banda ainda manteve uma certa relevância, colecionando 20 trabalhos no total e participando de trilhas sonoras de novelas como “Por Amor” e “A Dona do Pedaço.”

O Legado do Raça Negra

Os discos mais relevantes do Raça Negra continuam sendo os dos anos 90. Embora o pagode tenha perdido um pouco de relevância, dando espaço para outros ritmos da música pop, o valor nostálgico que o Raça Negra tem para a geração dos anos 90 permanecerá para sempre.

Conclusão

Então, se você sente aquela nostalgia ao ouvir uma música do Raça Negra, saiba que não está sozinho. Este grupo não apenas marcou uma geração, mas também abriu portas para muitos outros artistas. E, apesar das dificuldades e mudanças no cenário musical, o legado deles continua vivo, tocando corações e embalando churrascos de domingo até hoje.

Estoura o dedo no botão do like e compartilha esse artigo com seus amigos para que mais pessoas possam conhecer a história e o legado do Raça Negra. E não se esqueça de comentar qual é a sua música preferida e por quê. Vamos manter viva a memória dessa banda que tanto significou para nossa juventude!

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