Descubra como a internet revolucionou a indústria musical, mudando a forma como consumimos e produzimos música. Uma análise detalhada do impacto da web no cenário fonográfico.
Uma recente série da Netflix chamada “Som na Faixa”, conta a história da música e como a internet revolucionou esse universo.
Com base nessa série, vamos explorar a ascensão da internet e como ela mudou a maneira como consumimos música.
A Evolução da Indústria Musical
Desde que Thomas Edison inventou o fonógrafo, em 1877, a música nunca mais foi a mesma. Com o avanço da tecnologia, o fonógrafo evoluiu para o tocador de discos de cera, e posteriormente, em 1940, o húngaro Peter Carl, a pedido da Columbia Records, criou o disco de vinil, ou LP. Essa invenção possibilitou a gravação e reprodução de um grande volume de músicas em um único disco.
A Dominância das Gravadoras
Na segunda metade do século 20, a indústria musical experimentou seu auge com o surgimento de grandes movimentos musicais, como o pop e o rock. Nessa época, as gravadoras dominavam totalmente o mercado, controlando desde a gravação e mixagem até a distribuição e prensagem dos discos. Os artistas eram muitas vezes explorados pelas gravadoras, que se apropriaram de grande parte de seus lucros.
Em 1982, Michael Jackson lançou “Thriller”, que se tornou o álbum mais vendido da história, com 33 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos e um número ainda maior ao redor do mundo. Outros álbuns de sucesso, como “Back in Black” do AC/DC e “Born in the USA” de Bruce Springsteen, também venderam milhões de cópias, gerando lucros exorbitantes para as gravadoras.
A Revolução da Internet
No final dos anos 90, a indústria musical foi impactada pela ascensão da internet. Bandas como o Offspring e o My Chemical Romance foram algumas das primeiras a entender e aproveitar essa mudança. O Offspring, por exemplo, disponibilizou o single “Pretty Fly (for a White Guy)” para download gratuito, que se tornou uma das músicas mais pirateadas da época, com 22 milhões de downloads em poucas semanas.
No início dos anos 2000, o My Chemical Romance apostou no PureVolume e no Myspace para disponibilizar suas músicas gratuitamente, o que ajudou a construir uma base de fãs sólida. O papel dessas plataformas foi fundamental para os primeiros passos da indústria musical na internet, especialmente para bandas independentes.
A Mudança de Paradigma
Os músicos perceberam que o mercado estava mudando e que suas músicas não eram mais propriedade exclusiva das gravadoras. O surgimento de plataformas digitais e o compartilhamento de músicas online descentralizaram o mercado musical, permitindo que os artistas alcançassem seu público de forma direta, sem a necessidade de intermediários.
A Contribuição da Tecnologia
Além do impacto da internet, o avanço da tecnologia também contribuiu para a mudança na indústria musical. O surgimento de softwares de gravação e produção musical mais acessíveis permitiu que os artistas produzissem e distribuíssem sua música de forma independente, sem depender das grandes gravadoras.
O Declínio das Gravadoras
Infelizmente, as gravadoras não conseguiram se adaptar a essa nova realidade e acabaram financiando seu próprio declínio. Ao se recusarem a abraçar as novas tecnologias e combater a pirataria de maneira ineficaz, as gravadoras perderam sua relevância no mercado musical.
A ascensão da internet e o avanço da tecnologia transformaram completamente a indústria musical, mudando a maneira como consumimos e produzimos música. As gravadoras, que um dia dominaram o mercado, agora lutam para se manterem relevantes em um mundo digital.!
Esse artigo destaca a evolução da indústria musical desde os primórdios do fonógrafo até a revolução causada pela internet, explorando como as gravadoras perderam sua relevância e como os artistas passaram a ter mais controle sobre sua própria música. Além disso, destaca o papel da tecnologia na transformação desse cenário e como isso afetou não apenas a indústria musical, mas também outras formas de mídia, como o cinema.