Nos anos 90, havia duas grandes expectativas na vida de um adolescente. Primeiro, a ansiedade de conseguir ficar com alguém na quermesse do bairro. Segundo, a curiosidade sobre quais novos personagens seriam incorporados na próxima versão de “King of Fighters”.
Era emocionante tirar um disco de vinil da capa ou pegar um CD da latinha dos Sete Melhores da Jovem Pan. Eram tempos em que até o mais mirrado dos garotos se sentia poderoso com essas pequenas conquistas.
Durante essa década, uma banda que marcou muito a história do pop, foi o Ace of Base.
Se você viveu os anos 90, com certeza se lembra das músicas que tocavam em todas as festas de escola e aniversários. Mas, o que aconteceu com os membros da banda desde então?
Vamos explorar um pouco do Ace of Base
A história do Ace of Base começou com os irmãos Jonas, Jenny e Linn Berggren, que formavam uma banda chamada Tech Noir.
Tudo mudou quando Jonas conheceu Ulf Ekberg. Juntos, começaram a compor e produzir músicas com uma pegada única, nascendo assim o Ace of Base que conhecemos.
Inicialmente, as grandes gravadoras de Estocolmo não demonstraram interesse pelo som deles, considerando-o clichê é simples demais.
No entanto, a persistência valeu a pena quando a Mega Records percebeu o potencial da banda.
O Primeiro Single de Ace of Base e o Sucesso
Em 1991, lançaram “Happy Nation”, seu álbum de estreia, que vendeu mais de 25 milhões de cópias e entrou para o Guinness Book como o álbum de estreia mais vendido de todos os tempos.
Ace of Base conquistou vários prêmios, incluindo seis World Music Awards, três Billboard Music Awards e diversas nomeações ao Grammy.
Apesar de muitos pensarem que a banda teve apenas um hit, eles emplacaram vários sucessos e foram extremamente relevantes nos anos 90.
Contudo, a fama trouxe seus desafios. Linn Berggren, por exemplo, deixou a banda em 1997 após um fã invadir seu quarto com uma faca.
Ela luta contra a depressão e hoje, com 52 anos, segue em carreira solo, lançando singles nas plataformas digitais e fazendo shows ocasionalmente com o Ace of Base.
O Passado Polêmico de Ulf Ekberg e Suas Repercussões no Ace of Base
Ulf Ekberg, membro fundador do Ace of Base, uma das bandas pop mais icônicas dos anos 90, enfrentou acusações graves ao longo dos anos. As acusações giram em torno de seu envolvimento anterior com uma banda cujas letras defendiam a supremacia branca e a xenofobia. Este passado conturbado lançou uma sombra sobre a carreira de Ekberg e causou tensões dentro do Ace of Base. Vamos explorar essa polêmica em profundidade e entender seu impacto na banda e em Ekberg.
Antes de alcançar a fama mundial com o Ace of Base, Ulf Ekberg fazia parte de uma banda punk chamada Commit Suicide. Em 1998, uma pequena gravadora sueca chamada Flashback Records lançou uma coletânea com cinco músicas atribuídas a este grupo. A capa do álbum era chocante: mostrava Ekberg fazendo a saudação nazista. O encarte do disco não era menos perturbador, apresentando imagens de Ekberg vestido com uma camisa do grupo supremacista branco Ku Klux Klan e outra com uma suástica. As letras das músicas incluíam descrições detalhadas de chacinas de pessoas negras e imigrantes, com versos como “Povo nórdico, acorde agora! Atirem, atirem, atirem”.
A Reação de Ekberg e as Consequências
Confrontado com essas revelações, Ekberg pediu desculpas publicamente e afirmou que essa versão dele não existe desde 1987. Ele reconheceu seu envolvimento juvenil em atividades racistas, mas insistiu que havia deixado esse passado para trás muito antes de co-fundar o Ace of Base. “Eu me lembro de quando eu estava em um dos meus primeiros shows e ele tinha um colete à prova de balas nele, porque ele tinha realmente muita dificuldade em provar que não fazia mais essas coisas. E adivinha quem estava na frente dele, cantando no primeiro show dela? E eu não tinha um colete à prova de balas”, comentou um colega de banda sobre os desafios enfrentados por Ekberg para se distanciar de suas antigas associações.
Apesar das desculpas de Ekberg, a polêmica continuou a persegui-lo e afetou a percepção pública do Ace of Base. Houve quem afirmasse que algumas letras da banda continham referências ao nazismo, como no caso da famosa música “The Sign”. Segundo alguns críticos, “The Sign” poderia ser interpretada como uma alusão a um sinal nazista, embora Ekberg não estivesse listado entre os compositores dessa canção específica. Todos os membros da banda negaram veementemente as acusações de que suas letras continham mensagens subliminares de ódio.
A Continuidade e as Carreiras Solo.
Jenny Berggren também saiu da banda devido aos impactos negativos da fama em sua vida pessoal. Hoje, com 51 anos, continua a carreira solo e participa de shows do “Ace of Base”.
Jonas Berggren, com 56 anos, é casado, tem quatro filhos e ainda está na formação atual da banda, que recentemente lançou versões remixadas de seus sucessos no Spotify.
Ulf Ekberg, por sua vez, teve um passado conturbado.
Envolvido com o movimento White Power na juventude, ele tocou em uma banda chamada Commit Suicide. Esse passado sombrio foi exposto no auge do sucesso do Ace of Base, forçando-o a pedir desculpas publicamente. Hoje, ele continua a fazer shows, mas a controvérsia ainda o acompanha.
Apesar das polêmicas e mudanças, Ace of Base continua a ser uma banda icônica dos anos 90. Eles não lançam material novo, mas seus remixes e apresentações ao vivo mantêm viva a chama do seu legado.
Então, você conhecia toda essa história? Comente aqui embaixo e compartilhe suas memórias e impressões sobre essa banda que marcou uma geração.
Ou Beautiful Life …
Veja a PlayList da Jovem Pan: