No artigo de hoje vamos ver que quando se fala em música ruim ou politicamente incorreto, isso não é um privilégio de nossa era.
Muitos falam que a música atual não tem qualidade e que só se canta besteira.
Falam que a música de antigamente era melhor e que hoje ninguém leva nada a sério.
Esse artigo é para mostrar que a música popular ao longo da história sempre foi composta de coisas absurdas e verdadeiras palhaçadas musicais.
Esses absurdos, por incrível que pareça, fizeram sucesso. E se você acha que música ruim é coisa do tempo presente, vamos começar por uma época bem distante.
Vamos até o ano de 1908, com uma canção que constava nos catálogos e registros das casas publicadoras, essa dizia: “Bolimbolacho, bola em cima, bola em baixo“, seja lá o que isso quer dizer.
Seguindo adiante, no ano de 1917, Baiano e o iniciante Vicente Celestino cantavam a profunda poesia que dizia: “Urubu subiu, Urubu desceu“.
Em 1927, Mário Reis cantava isso: “Deus me livre das mulheres de hoje em dia, desprezam o homem só por causa da orgia”, na profunda e complexa canção chamada “Rosco que me enrosco“.
No ano seguinte, 1928, Patrício Teixeira, cantava “Oi, trepa no coqueiro, tira coco, Gip-gip, nheco–nheco, no coqueiro oi-li-rá!”” Muito profundo e filosófico.
Tem gente que ainda reclama do tche tcherere tche tche do Gusttavo Lima.
Em 1930, no auge da era do rádio, o aclamado poeta Noel Rosa cantava: “O leão ia casar com sua noiva leoa e São Pedro, pra agradar, preparou uma festa no céu, na prosopopeica canção “Festa no céu”.
No ano seguinte, o famoso poeta fazia troça com a deficiência alheia, no politicamente incorreto, “Gago Apaixonado”.
Pode-se dizer que o carnaval de 1932, foi o auge do preconceito racial, quando Castro Barbosa cantava em sua marchinha de carnaval: “Mas como a cor não pega, mulata, Mulata, eu quero o teu amor”.
Em 1942, Ataulfo Alves e seu eterno parceiro, Mário Lago descreviam o ideal de mulher cantando: “Às vezes passava fome ao meu lado, e achava bonito não ter o que comer”, na icônica canção “Ai Que saudades de Amélia“. Imagine essa canção hoje em dia, com toda o esforço de se promover a proteção à mulher.
Em 1967, Zé Fidelis, fazia a fantástica versão dos Beatles, Meu Boi, uma fidedigna versão de Lennon e McCartney. Bem Zé Fidelis, fez fama compondo paródias.
No ano de 1970, o astro pop Manhoso do forró, grava Não Quero Nem Saber. Não podemos esquecer que o grande sucesso de Manhoso, é a canção que fala sobre um gatinho chamado “Tico Mia”.
No ano de 1974, João da Praia, alegrava as noites cariocas com sua canção “A onde a vaca vai, o boi vai atrás”.
Pra finalizar, em 1986, na era do Rock no Brasil, Sandro Becker, gravava “Julieta” com várias comparações a uma parte do órgão feminino.
Vou parar por aqui, pois essa lista está ficando por demais indigesta.