De Pixies a Arctic Monkeys, passando por The Cure e Smashing Pumpkins, apresentamos uma jornada pela evolução do rock alternativo entre 1979 e 2013 por meio de álbuns icônicos.
Sabemos que o termo “Rock Alternativo” é muitas vezes utilizado para descrever bandas cujo som é difícil de definir de maneira convencional.
Essa denominação ganhou destaque no final dos anos 1970, impulsionada pela revolução “faça você mesmo” do Punk Rock, passando a designar qualquer obra musical que não se enquadra em um apelo comercial forte, em contraposição à música pop. Contudo, o próprio gênero tornou-se popular nas décadas de 1990 e 2000, impulsionado pela MTV e pela internet, adquirindo características musicais distintas, como experimentalismo, psicodélico, a fusão de estilos e uma atitude “de garagem”.
Com isso em mente, o TMDQA! selecionou 10 álbuns que contribuem para a compreensão da evolução do rock alternativo, começando com bandas como Joy Division e Pixies e culminando com representantes mais contemporâneos, como The Strokes e Arctic Monkeys.
Confira abaixo as explicações sobre cada álbum, e não deixe de explorar também nossas listas de discos e músicas que definem o Emo, o Grunge, o Shoegaze e o Reggae.
Joy Division – Unknown Pleasures (1979)
– O primeiro e único álbum do Joy Division com Ian Curtis em vida é considerado precursor do Post-Punk, do Rock Alternativo e é cultuado como um dos trabalhos mais emblemáticos de todos os tempos. Músicas como “Disorder” e “Transmission” exploram o flerte entre New Wave, agressividade e temas relacionados à saúde mental.
Sonic Youth – Daydream Nation (1988)
– O quinto álbum da banda de Kim Gordon ganhou atenção mundial pela mistura de Noise, Indie e Art Rock. Gravado com a banda fazendo “jams” ao vivo em estúdio, captura improvisação e caos nos vocais de Kim, sendo um álbum duplo que marcou época.
Pixies – Doolittle (1989)
– Doolittle, o primeiro álbum oficialmente classificado como Rock Alternativo, estabeleceu as bases do gênero. Os Pixies exploram músicas dançantes, explosivas e experimentais, conectando os anos 80 aos 90 de maneira fantástica.
The Cure – Disintegration (1989)
– Disintegration, um dos discos mais populares desta seleção, explora o lado contemplativo do Alternativo, incorporando toques de Shoegaze e Rock Gótico. Canções como “Love Song” e “Pictures of You” evidenciam a busca por profundidade.
R.E.M. – Automatic for the People (1992)
– O grupo de Michael Stipe apresenta um álbum que define o Rock Alternativo como “um pouco lento, estranho pra cacete, mais acústico e guiado pelo teclado e com menos bateria”. Com clássicos como “Man on the Moon” e “Everybody Hurts”, a banda explora novas sonoridades.
Pavement – Crooked Rain, Crooked Rain (1993)
– O sucesso de “Cut Your Hair” reflete a intenção do Pavement de tornar seu som mais acessível em seu segundo disco. Considerada uma versão cult e underground de grupos como Stone Temple Pilots e Dinosaur Jr., a banda de Stephen Malkmus mantém uma abordagem independente.
Smashing Pumpkins – Mellon Collie and the Infinite Sadness (1995)
– Com 28 músicas e uma mistura de Grunge, Metal e Art Rock, o álbum garantiu à banda de Billy Corgan reconhecimento e sucesso. A influência de nomes citados na lista é evidente, enquanto a produção de Alan Moulder e Flood contribui para a riqueza sonora.
Radiohead – OK Computer (1997)
– Considerado um clássico, OK Computer é um marco no Rock Alternativo. Com conceito, baladas como “No Surprises” e faixas experimentais como “Paranoid Android”, a banda de Thom Yorke eleva o gênero a novos patamares.
The Strokes – Is This It (2001)
– O álbum de estreia dos Strokes reviveu o rock quando muitos o consideravam “morto”. Definindo as bases do Indie Rock e recebendo a etiqueta de “Post-Punk revival”, o álbum apresenta hits como “Last Nite” e “The Modern Age”.
Arctic Monkeys – AM (2013)
– Tido como herdeiro dos Strokes em seus primeiros discos, o Arctic Monkeys incorpora influências do Blues, Hard Rock, Garagem e Psicodélico em AM. O álbum torna-se um ícone do Rock Alternativo no século 21, com músicas como “R U Mine?” e “Do I Wanna Know?” liderando as paradas.
Nirvana – “Nevermind” (1991)
Este álbum transformou o cenário musical nos anos 90, elevando o grunge ao mainstream. Faixas como “Smells Like Teen Spirit” tornaram-se hinos da geração. Além do trabalho musical existe a arte da capa que criou muita polêmica.
Pearl Jam – “Ten” (1991)
“Ten” é um álbum seminal do movimento grunge, oferecendo canções poderosas como “Alive” e “Jeremy” e solidificando o Pearl Jam como uma das grandes bandas da época.
Weezer – “Weezer” (Blue Album) (1994)
O álbum de estreia da banda, muitas vezes referido como o “Blue Album”, é um clássico do rock alternativo dos anos 90, com hits como “Buddy Holly” e “Say It Ain’t So”.
Beck – “Odelay” (1996)
Beck é conhecido por sua abordagem eclética, e “Odelay” é um exemplo brilhante disso. Misturando gêneros como folk, rock, hip-hop e eletrônica, o álbum é uma obra-prima experimental.
The Smashing Pumpkins – “Siamese Dream” (1993)
Antes de “Mellon Collie and the Infinite Sadness”, os Smashing Pumpkins lançaram este álbum, que é aclamado por suas texturas sonoras, guitarras poderosas e letras emotivas.
Nine Inch Nails – “The Downward Spiral” (1994)
Trent Reznor criou um álbum conceitual que explorou temas sombrios e industrial rock. “Closer” e “Hurt” são faixas emblemáticas deste trabalho.
Radiohead – “Kid A” (2000)
Embora “OK Computer” tenha sido mencionado, “Kid A” também merece destaque. Este álbum marcou uma mudança radical para o Radiohead, explorando territórios mais eletrônicos e experimentais.
Arcade Fire – “Funeral” (2004)
“Funeral” é o álbum de estreia do Arcade Fire e é conhecido por sua energia emocional e complexidade musical. Ganhou aclamação crítica e é frequentemente considerado um dos melhores álbuns dos anos 2000.
The White Stripes – “White Blood Cells” (2001)
Este álbum ajudou a impulsionar o renascimento do garage rock nos anos 2000, com faixas cruas e cativantes como “Fell in Love with a Girl” e “Dead Leaves and the Dirty Ground”.
Tame Impala – “Lonerism” (2012)
À medida que entramos na década de 2010, “Lonerism” do Tame Impala destaca-se como um trabalho psicológico e inovador que influenciou a cena do rock alternativo contemporâneo.
Esta seleção reflete a diversidade e a evolução do Rock Alternativo, proporcionando uma viagem pelos sons e estilos que moldaram o gênero ao longo das décadas.