Na entrevista exclusiva, a mulher que inspirou a personagem Martha de “Bebê Rena” nega as acusações da série e critica o criador, revelando contradições e lançando dúvidas sobre a veracidade da trama.
Desde sua estreia na Netflix, “Bebê Rena” tornou-se um verdadeiro fenômeno, atraindo uma legião de fãs para mergulhar nessa história intrigante, supostamente baseada em eventos reais. No entanto, uma entrevista recente com a mulher que inspirou a personagem de Martha na vida real, Fiona Harvey, lançou luz sobre controvérsias em torno da série e trouxe à tona uma série de contradições.
A trama da série gira em torno de um relacionamento bizarro e obsessivo, baseado na experiência do comediante e escritor Richard Gadd. Segundo relatos, a história começa quando Gadd se envolve com uma mulher vulnerável, desencadeando uma obsessão doentia que mergulha ambos em um turbilhão de eventos sombrios.
Fiona Harvey, cuja vida serviu de inspiração para a personagem Martha, recentemente concedeu uma entrevista exclusiva ao programa de Piers Morgan, na qual refutou veementemente as acusações feitas contra ela na série.
Harvey admitiu não ter assistido à minissérie, explicando que a versão audiovisual dos eventos a deixaria enjoada, uma vez que a história é, segundo ela, uma obra baseada na imaginação do criador. Ela descreveu a experiência de ter sua vida retratada na série como “obscena” e “misógina”, destacando também as terríveis ameaças de morte que recebeu online após a exibição da série.
A inspiração para “Bebê Rena” afirmou que começou a suspeitar que sua história poderia ser o tema da produção de Gadd há cinco anos, quando viu uma notícia na BBC sobre a minissérie, mencionando uma perseguidora. No entanto, foi apenas duas semanas antes da mudança de residência dela que a suspeita se intensificou, ao ver Gadd e a atriz que interpretava Martha, Jessica Gunning, promovendo a série.
Embora refutando grande parte das alegações feitas na série, Harvey reconheceu que deu a Gadd o apelido “Bebê Rena”, em alusão a um brinquedo que ele possuía. No entanto, ela ressaltou que muitos dos eventos retratados na série são pura ficção, incluindo alegações sobre uma enxurrada de e-mails, mensagens e cartas.
Quanto às acusações de assédio, Harvey negou categoricamente, explicando que nunca enviou a Gadd mais de dez e-mails, e que apenas uma carta foi enviada, após ela ficar sabendo de um episódio de abuso sexual relatado por ele.
Harvey também contestou a representação de sua personagem na série, rejeitando a ideia de que atacou a namorada de Gadd, já que, segundo ela, ele é gay e nunca teve uma namorada. Além disso, ela negou ter tido qualquer contato com os pais de Gadd e questionou sua orientação sexual, afirmando que ele, na verdade, havia dado em cima dela e a convidado para ir para casa com ele.
No desfecho da entrevista, Harvey expressou arrependimento por ter conhecido Gadd, afirmando que ele é “psicótico” e que a representação dela na série está longe da realidade. Ela concluiu dizendo que nunca deveria ter entrado naquele bar onde se conheceram.
Em suma, a entrevista de Fiona Harvey lança dúvidas sobre a veracidade dos eventos retratados em “Bebê Rena” e questiona a ética do criador da série ao transformar uma história pessoal em entretenimento. Seus relatos oferecem uma nova perspectiva sobre a conturbada relação entre realidade e ficção, mostrando que a verdade por trás do sucesso da série pode ser muito mais complexa do que se pensava inicialmente.
Assista e entrevista completa na íntegra: