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Dolores O’Riordan: Sua Triste Infância e Morte aos 46 Anos

Músicas icônicas de bandas como Queen, Nirvana e muitas outras conquistaram notoriedade e identidade própria graças aos seus vocalistas, e o Cranberries não foi exceção com Dolores O’Riordan. Essa mulher foi uma das vozes mais marcantes dos anos 90, e junto com o Cranberries, criou uma série de hits que nos transportam para os dias de outrora, quando nossas preocupações se resumiam a ler a Super Game Power e tentar zerar o Resident Evil.

Dolores O’Riordan não só se destacava por sua voz marcante e doce, mas também por sua energia no palco e na vida pessoal. Originária da Irlanda, ela ganhou fama em sua terra natal e foi indicada ao título de patrono honorário da Universidade Filosófica de Dublin, uma honraria concedida a pessoas que promovem e preservam a cultura irlandesa.

Criada em uma família católica devota, Dolores era a mais nova de sete irmãos. Sua autoestima era baixa na adolescência, e sua mãe não permitia que ela usasse maquiagem. No entanto, foi ao entrar para o Cranberries que ela encontrou sua verdadeira identidade como uma roqueira.

O Cranberries entrou na vida de Dolores em 1989, e a banda alcançou o sucesso mundial em 1993 com hits como “Linger” e “Dreams”. Porém, foi com a música “Zombie”, lançada em 1994, que o Cranberries explodiu globalmente. A canção, com sua letra pesada sobre a morte de uma criança durante um atentado do IRA, solidificou o status da banda como um dos principais expoentes do rock alternativo da década de 90.

Durante um hiato do Cranberries, Dolores lançou uma carreira solo e, em 2007, lançou seu primeiro álbum solo, “Are You Listening?”. No entanto, em meio ao sucesso, Dolores escondia uma infância marcada por abusos e sofrimento. Ela revelou em uma entrevista que foi vítima de abusos entre os oito e os 12 anos de idade, o que a levou a desenvolver anorexia na adolescência. Apesar dos desafios, Dolores transformou sua dor em arte e compôs músicas sobre suas experiências.

Em 2015, Dolores enfrentou problemas de saúde mental, sendo diagnosticada com transtorno bipolar. Em 2018, aos 46 anos, ela foi encontrada morta em um quarto de hotel, vítima de intoxicação alcoólica e afogamento na banheira. Sua morte foi um golpe para a indústria da música e para seus fãs ao redor do mundo.

Após sua morte, o legado de Dolores O’Riordan continua vivo através de sua música. O Cranberries lançou um álbum póstumo em 2019, com gravações feitas anteriormente, mas decidiu não continuar como banda. Embora talentos como o de Dolores sejam raros nos dias de hoje, sua obra perdura, tocando corações e inspirando novas gerações de artistas e fãs de música.

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