Embora possivelmente não seja uma grande discussão nos dias de hoje, mensagens inseridas subliminarmente nas músicas, já foram tema caloroso de debate nas décadas passadas.
Grandes artistas como Led Zeppelin, The Beatles, Judas Priest já foram acusados de usar mensagens para controle mental, fazer lavagem cerebral ou apenas para chocar seu público com o propósito de diversão.
O que é uma mensagem subliminar?
Acredita-se que o cérebro humano não é capaz de resistir ao poder da sugestão hipnótica.
Esta é a base das mensagens subliminares, que podem ser de natureza visual ou de áudio.
As mensagens visuais subliminares são mais usadas em anúncios publicitários, induzindo as pessoas a comprar produtos.
Reproduzindo gravações de trás pra frente.
Essa prática consiste em colocar uma mensagem de áudio gravada, inserida reversa em uma faixa de áudio, para que essa mensagem falada possa ser ouvida apenas durante a reprodução da gravação para trás.
Em 1878, Thomas Edison criou o fonógrafo. Este foi o primeiro dispositivo que permitiu que os sons fossem reproduzidos em um cilindro giratório com uma agulha.
Edison também descobriu que o cilindro poderia ser girado ao inverso, reproduzindo assim a mídia contida para trás.
Paul não estava morto
Um exemplo notável disso foi o infame boato “Paul Is Dead”.
Em 1969, o locutor de rádio Russ Gibb recebeu um telefonema angustiado de um estudante universitário, afirmando que Paul McCartney havia morrido.
A alegação era de que a música ”Revolution # 9” continha uma mensagem invertida confirmando o boato.
Pensava-se que as mensagens eram “turn me on, dead man” (“me excite, homem morto”).
Gibb começou a promover essa ideia para seus ouvintes, com outra mensagem de “Paul é homem morto, sinto falta dele, sinto falta dele, sinto falta dele”‘ na faixa ”I’m So Tired”.
Led Zeppelin e a polêmica “Stairway to Heaven”
Em 1982, Paul Crouch, da The Trinity Broadcast Network, levantou a alegação de que a banda de rock Led Zeppelin promovia mensagens satânicas.
Nesse mesmo ano, “Stairway to Heaven” foi tocada de trás para frente em uma Audiência da Assembléia Estadual da Califórnia.
Um autoproclamado pesquisador de neurociência chamado William Yarrow concluiu que a gravação, de fato, continha mensagens invertidas.
Um dos versos continha as linhas tocadas para a frente é a seguinte:
“Se houver uma agitação em sua cerca viva, não se assuste agora”
E também:
”Satanás é meu doce nome, aquele cujo pequeno caminho me deixaria triste”
Os membros da banda negaram veementemente as acusações ao longo dos anos, com o engenheiro de gravação Eddie Kramer afirmando que era “total e absolutamente ridículo”.
Fãs e observadores têm dúvidas sobre se backmasking foi incorporado na gravação, algumas mensagens de crença foram trabalhadas na música.
Outros são muito céticos, observando que os sons podem ser coincidência.
O julgamento de Judas Priest
Em 1990, a banda de heavy metal Judas Priest foi levada a julgamento pela morte de dois jovens.
Foi alegado que em 1985, dois jovens com o nome de Raymond Belknap e James Vance tragicamente formaram um pacto de suicídio depois de ouvir o álbum Stained Class.
Claro, depois de uma farra de seis horas de drogas e álcool.
Os pais das vítimas desta tragédia moveram um processo multimilionário contra a banda e sua gravadora, CBS.
A alegação feita, foi que a gravação trazia mensagens subliminares invertidas, influenciando assim as ações dos jovens.
Coisas como “faça isso” e “vamos morrer” foram as frases-chave a serem declaradas na gravação.
A banda negou que houvesse mensagens ocultas em suas gravações.
Citando os problemas anteriores de abuso de substâncias das vítimas, os casos foram arquivados e o grupo foi absolvido.
Mistérios não resolvidos
Se realmente existem mensagens nessas músicas, apenas os engenheiros de gravação saberão.
Embora alguns artistas utilizam essa técnica, ela é considerada uma tarefa inútil e não vale a pena desperdiçar dinheiro com isso.
No entanto, ao longo dos anos, continua a ser um tema interessante e relevante tema de debate para curiosos e adeptos de teorias de conspiração.