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Jiban: O Policial de Aço que Marcou Gerações

Se você cresceu nos anos 90, certamente se lembra de “Jiban: O Policial de Aço”. A dramática história de Naoto Tamura, um policial que quase morreu e renasceu como um ciborgue, deixou uma marca indelével na infância de muitos brasileiros. Lembrar de Jiban é trazer à tona memórias nostálgicas de um tempo em que os heróis japoneses dominavam as telas de televisão, rivalizando com figuras icônicas como Superman e Goku.

Influências e Comparações

A semelhança entre Jiban e Robocop é inegável. Robocop, lançado em 1987, apresentou ao mundo um policial futurista que, após ser brutalmente assassinado, é reconstruído como um ciborgue para combater o crime na caótica Detroit

Dirigido por Paul Verhoeven, o filme se tornou um marco do gênero cyberpunk, influenciando diversas produções ao redor do mundo. O design do Robocop, criado por Rob Bottin, foi inspirado em personagens como o Juiz Dredd, além de beber da atmosfera sombria e futurista de “Blade Runner”.

No entanto, a teoria de que Jiban copiou Robocop não se sustenta completamente. Desde o início dos anos 80, os tokusatsus, séries japonesas com efeitos especiais, já exploravam o tema de heróis metalizados. A franquia “Metal Hero”, da qual Jiban faz parte, sempre incorporou elementos da cultura ocidental, criando um híbrido fascinante de influências orientais e ocidentais.

A Origem de Jiban

Produzido em 1988, “Kidou Keiji Jiban”, ou simplesmente Jiban, narra a história de Naoto Tamura, um policial que, após ser mortalmente ferido, é transformado em um ciborgue pelo Dr. Kenzo Igarashi. Jiban enfrenta diversos dilemas ao tentar se readaptar à sociedade, mas conta com o apoio da família de Igarashi, especialmente de Ayumi, neta do cientista, que desenvolve um forte laço com ele e se torna uma auxiliadora nas suas missões.

A série, conhecida pelas suas épicas cenas de ação em desertos cinzentos e arenosos, marcou profundamente a geração oitentista e noventista. As armaduras, as armas e as músicas introdutórias ainda arrepiam os fãs, trazendo à tona memórias nostálgicas e emocionantes.

O Vilão e os Conflitos

Como todo bom herói, Jiban tem seu arqui-inimigo: o maligno Dr. Jean-Marie. Ele, junto com suas comparsas Marshall e Canon, e outras criaturas do mal como Madogarbo, representa uma constante ameaça que Jiban precisa combater. Além disso, a série apresenta a poderosa Rainha Cosmos, que posteriormente trai Jean-Marie com o sonho de estabelecer um império exclusivamente feminino.

Equipamentos e Veículos

Jiban não está sozinho em suas batalhas. Ele conta com um arsenal pesado, incluindo a pistola de mão Spas, o veículo tático Baikan, e a icônica motocicleta Relâmpago. Esses veículos e armas se tornaram itens de desejo entre os jovens dos anos 90, muitos dos quais ainda são lembrados com carinho pelos fãs da série.

Legado e Nostalgia

Jiban estreou no Brasil em 22 de janeiro de 1990, no Clube da Criança da Rede Manchete, e rapidamente conquistou uma legião de fãs. A série foi transmitida até 1992, com um breve retorno em 2005, quando finalmente foram exibidos os dois últimos episódios que faltaram na exibição original.

Os produtos associados à série, como trilhas sonoras em vinil e fitas cassete, além de volumes em VHS, são hoje verdadeiras relíquias. No entanto, não é apenas no Brasil que Jiban fez sucesso. A série também foi transmitida em outros países da América Latina e na França. No entanto, é indiscutível que o Brasil tem uma paixão única pelos tokusatsus, uma verdadeira febre que marcou uma época.

Relembrar Jiban é mais do que recordar um herói de infância; é revisitar um período mágico da TV brasileira, onde a mistura de influências orientais e ocidentais criava personagens e histórias inesquecíveis. Se você é fã de Jiban ou tem memórias dessa época, não deixe de compartilhar suas experiências nos comentários. E, antes de sair, confira nosso vídeo sobre Jaspion, outro ícone dos tokusatsus, e deixe sua opinião!

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