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Lives NPC na Música: Entre Tecnologia e Autenticidade

Descubra o impacto das “Lives NPC” na música: uma reflexão sobre autenticidade e tecnologia na era digital.

O cenário atual da música e da cultura pop é marcado por uma crescente preocupação: a proliferação das chamadas “Lives NPC“. Em um mundo que parece ter perdido o rumo, onde o caos e a falta de sentido permeiam os relatos cotidianos, surge uma reflexão sobre o comportamento humano, especialmente entre as gerações mais jovens.

A expressão “NPC” vem do inglês “Non-Playable Character”, traduzida como “Personagem Não Jogável”. Anteriormente restrita ao universo dos videogames, onde NPCs eram meros figurantes sem relevância na trama, o termo ganhou novos contornos com o avanço da tecnologia e das mídias sociais.

No entanto, a ideia de comportamento robótico e sem autonomia, característico dos NPCs, não é uma novidade exclusiva da era digital. Desde os tempos de Dante, em que as obras literárias retratavam a condição humana em meio ao caos, até os dias atuais, o tema da falta de individualidade e consciência sempre permeou diversas expressões artísticas.

O filme “Free Guy” é um exemplo recente que explora essa temática de forma brilhante, mostrando NPCs que adquirem consciência e se tornam protagonistas em seus próprios universos digitais. Essa narrativa, que antes era exclusiva dos videogames, agora parece se espelhar na vida real, especialmente nas redes sociais.

O surgimento das “Lives NPC” é um reflexo desse fenômeno. No TikTok, por exemplo, vemos indivíduos agindo como marionetes, buscando agradar uma audiência ávida por entretenimento fácil. A monetização dessas performances, através de doações e presentes virtuais, cria um ciclo vicioso em que a busca por reconhecimento e dinheiro se sobrepõe à autenticidade e à individualidade.

No entanto, a influência dos NPCs na música não é um fenômeno exclusivamente digital. Bandas como Gorillaz, pioneiras na utilização de personagens animados e hologramas em seus shows, já exploravam essa temática desde os anos 2000. O uso de hologramas em apresentações ao vivo, como os icônicos shows do Tokyo Hotel, levanta questões sobre o futuro da indústria musical e até que ponto a tecnologia pode substituir a experiência autêntica de um concerto ao vivo.

Diante desse contexto, surge o questionamento: até que ponto essa nova era de “NPCs musicais” é benéfica para a arte e para os artistas? A tecnologia nos permite reviver ícones do passado, como o lendário Tupac, através de hologramas, mas até que ponto isso contribui para a evolução da música e para a experiência do público?

Em um mundo cada vez mais dominado pela superficialidade e pela busca desenfreada por likes e visualizações, é fundamental repensarmos nossos valores e prioridades. As “Lives NPC” podem representar um novo capítulo na história da música, mas cabe a nós, como consumidores e apreciadores, questionarmos o impacto dessa tendência e defendermos a autenticidade e a originalidade na arte.

E você, o que pensa sobre esse fenômeno das “Lives NPC” na música? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos continuar essa importante conversa sobre o futuro da nossa cultura musical.

 

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