Pular para o conteúdo

CQM+ – Cinema, Quadrinhos, Música e Muito Mais

Início » Marilyn Manson: A Jornada de um Ícone do Choque e da Controvérsia

Marilyn Manson: A Jornada de um Ícone do Choque e da Controvérsia

marilyn manson

O rock, desde suas raízes, sempre teve a missão de quebrar paradigmas e chocar o público. Alguns artistas, no entanto, levaram essa missão a um novo patamar, combinando visual, letras e atitudes em uma só entidade. Um dos exemplos mais notáveis é Marilyn Manson.

Marilyn Manson, nome artístico de Brian Hugh Warner, é uma junção de duas figuras públicas extremamente conhecidas: Marilyn Monroe e Charles Manson. Desde cedo, Manson viveu uma vida marcada por traumas e abusos, desde perseguição escolar até abusos sexuais de um vizinho e uma educação rígida em escolas religiosas. Esses eventos moldaram profundamente sua personalidade e sua música.

No início de sua carreira, Brian era um jovem tímido e introspectivo, características que, combinadas com seu físico esguio, o tornavam uma figura peculiar. Ele começou a usar maquiagens e máscaras, construindo lentamente o personagem que viria a ser Marilyn Manson. Cercado por mitos e lendas urbanas, Manson utilizou o heavy metal como uma válvula de escape para a opressão que sentia.

Após se formar em jornalismo e escrever artigos sobre bandas, Manson conheceu Scott Putesky, com quem fundou o Marilyn Manson & the Spooky Kids, que depois foi encurtado para Marilyn Manson. A banda se tornou o veículo para expressar suas ideias mais radicais e controversas.

A primeira formação da banda, que lançou o álbum de estreia “Portrait of an American Family”, incluía Twiggy Ramirez, Daisy Berkowitz, Madonna Wayne Gacy e Sara Lee Lucas. Com a produção de Trent Reznor, o álbum chamou a atenção do público e da mídia. O clipe bizarro de “Sweet Dreams”, um cover dos Eurythmics, deixou uma impressão duradoura e chocante.

O terceiro álbum da banda, “Antichrist Superstar”, solidificou a fama de Manson. O clipe de “The Beautiful People” era perturbador e inesquecível. Com mais de 132.000 cópias vendidas na primeira semana de lançamento, o álbum tornou-se um marco na carreira da banda. Em 1997, eles foram chamados para tocar no VMA, encerrando o evento como atração principal.

Após algumas mudanças na formação da banda, incluindo a saída de Daisy Berkowitz e a entrada de John 5, a banda lançou “Mechanical Animals” em 1998. Este álbum trouxe uma mudança estética significativa, com roupas mais coloridas e um visual andrógino para Manson. Embora alguns fãs preferissem o som e o visual mais antigos, o novo estilo ajudou a banda a alcançar um público mais amplo.

Em 2000, o álbum “Holy Wood (In the Shadow of the Valley of Death)” foi lançado, continuando a tendência de sons mais comerciais. A capa controversa e o som evoluído mostraram uma banda que estava constantemente reinventando-se. No entanto, as tensões internas levaram à saída de Twiggy Ramirez durante a gravação do próximo álbum, “The Golden Age of Grotesque”, lançado em 2003.

Durante um hiato de quatro anos, Manson dedicou-se a outros projetos artísticos, incluindo o trabalho com a Celebritarian Corporation. Em 2007, a banda lançou “Eat Me, Drink Me”, um álbum que gerou polêmica com a faixa “Mutilation is the Most Sincere Form of Flattery”, que muitos pensavam ser uma provocação à banda My Chemical Romance.

“Born Villain”, lançado em 2012, foi anunciado como o álbum mais pesado da banda até então, com Manson classificando seu som como “suicide death metal”. O clipe de “No Reflection” marcou um retorno ao estilo grotesco e bizarro de outrora. Em 2015, a banda lançou “The Pale Emperor”, apresentando um visual mais clean, fugindo do grotesco e bizarro dos tempos anteriores.

O álbum mais recente, “Heaven Upside Down”, mostra um Marilyn Manson que continua a chocar e a provocar, mesmo que seu impacto não seja mais tão intenso quanto nos anos 90. Cercado por mitos e lendas urbanas, Manson foi porta-voz de uma geração que queria expressar sua aversão ao cristianismo e seus valores.

Apesar de sua queda em popularidade após “Mechanical Animals”, Manson continua sendo uma figura polarizadora. Sua fase mais bizarra e chocante pode ter durado pouco, mas seu impacto cultural é inegável. Sua música, visual e atitude deixaram uma marca indelével na história do rock.

Gostaria de ouvir a opinião de vocês sobre Marilyn Manson. Ele é um artista que você ama ou odeia? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão sobre esta figura icônica e controversa do rock.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *