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Rede Manchete: Um Ícone da Nostalgia Televisiva Brasileira

Para os jovens dos anos 80 e 90, nada era mais emocionante do que sair correndo da escola e sintonizar na Rede Manchete para assistir a programas como “Os Cavaleiros do Zodíaco” e “Clube da Criança”. Essa emissora marcou profundamente nossa geração, trazendo uma programação única que ainda aquece nossos corações quando nos deparamos com fragmentos no YouTube. No episódio de hoje do “Cachaça Séries”, vamos relembrar a história da Rede Manchete, entender por que ela chegou ao fim e destacar alguns dos programas mais icônicos que marcaram nossa infância e adolescência. Se vocês gostarem, estou pensando em fazer um especial sobre a TV Tupi também. 

A Fundação da Rede Manchete

Em 5 de junho de 1983, a Rede Manchete entrou no ar, graças à visão e determinação de Adolpho Bloch. Ele venceu a concorrência por quatro dos sete canais remanescentes da Rede Tupi, além do canal 9 de São Paulo, que era da TV Excelsior. Naquela época, o processo de licitação para um canal de TV era extremamente burocrático, algo que mudou bastante com a chegada da internet.

Os Primeiros Anos e a Programação Icônica

Bloch era um homem exigente e focado em alta qualidade. Ele demorou cerca de dois anos para alcançar exatamente o que queria. Em 1983, a emissora começou a exibir programas clássicos como o “Jornal da Manchete”, apresentado por Carlos Bianchini e Íris Lettieri, “Conexão Internacional” com Roberto D’Ávila, “Um Toque de Classe” com Arthur Moreira Lima e, claro, “Clube da Criança” com Xuxa Meneghel.

Para garantir a melhor qualidade possível, Bloch importou equipamentos de última geração e treinou seus funcionários nos Estados Unidos. A emissora também foi pioneira na utilização de antenas de alta potência, transmitindo sinais por mais de 300 km e sendo a única com qualidade estereofônica na época.

Influência Política e Produção Nacional

A Rede Manchete teve um papel importante no cenário político brasileiro, apoiando as Diretas Já. Também inovou na programação musical com o “FM TV”, apresentado inicialmente por João Kléber e depois por Patrícia Pillar. Em 1984, começaram as produções próprias, como a minissérie “Marquesa de Santos” e, em 1985, a primeira novela, “Antônio Maria”.

Sucessos e Problemas Financeiros

Nos anos 90, a Manchete se destacou com os tokusatsus como “Jiban”, “Cybercops” e “Jiraya”, além de animes como “Yu Yu Hakusho”, “Shurato” e “Cavaleiros do Zodíaco”. Esses programas chegaram a bater a audiência da Globo, apesar das longas pausas comerciais.

Contudo, problemas financeiros começaram a surgir. A emissora acumulou dívidas significativas, principalmente após a morte de Adolpho Bloch em 1995. Mesmo com o sucesso de programas como “Pantanal” e outros, as dívidas se tornaram insustentáveis, levando ao fim das atividades em 1999.

A Rede Manchete deixou um legado inesquecível para os jovens dos anos 80 e 90. Embora nunca mais possamos reviver aqueles momentos, a nostalgia permanece viva.

Qual era o seu programa favorito da Manchete? Comente abaixo e compartilhe suas lembranças!

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