Reviva os dias de glória do CPM 22, do início no hardcore melódico ao sucesso no mainstream. Descubra a trajetória e os altos e baixos da banda.
Vamos voltar no tempo, cerca de 20 a 24 anos atrás. Se você era um adolescente em São Paulo, frequentou o Hangar 110.
No início dos anos 2000, a cena hardcore borbulhava pelo Brasil. Um dos eventos mais aleatórios foi um tributo ao Silvio Santos, onde tocou uma banda chamada Drop Zombando.
No meio dos anos 2000, o hardcore melódico se popularizou, e o CPM 22 se tornou a maior banda desse subgênero no mainstream nacional.
Então, vamos descobrir por onde anda o CPM 22. Mas antes, uma provocação: afinal, o CPM 22 é ou não uma banda emo?
O CPM 22 teve seu início ainda nos anos 90. Em 1998, lançaram uma demo que é aclamada até hoje pela galera que viveu a cena daquela época, uma época sem internet, onde nem o computador do Milhão existia para sua mãe parcelar em 600 vezes.
Mesmo assim, essa demo pegou bem entre a galera, que de forma orgânica, fez a banda ganhar nome no cenário musical.
O clipe de “Anteontem” entrou nas paradas da MTV e foi indicado ao prêmio de melhor demo. Essa exposição foi primordial para pavimentar o caminho para o primeiro disco deles, “A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum”, que emplacou “Regina Let ‘s Go” com seu icônico clipe.
O disco vendeu 4.000 cópias iniciais em um mês, e de repente, o CPM 22 estava fazendo shows por todo o país.
Com o sucesso, começaram a chamar a atenção de gravadoras maiores. De repente, havia um monte de novos roqueiros influenciados por essa nova banda, que até então, nunca tinham ouvido falar do rock nacional.
O segredo do sucesso, além da sonoridade, estava nas letras que falavam diretamente com os anseios dos adolescentes da época.
Com o advento do emo ganhando força, as mensagens de amores perdidos e corações partidos fizeram o CPM 22 cair no gosto dos fãs.
Em 2001, lançaram pela Arsenal Records o segundo álbum, “Chegou a Hora de Recomeçar”, com algumas regravações do disco anterior e músicas novas.
Apesar do flerte com o mundo emo e das parcerias, o clima nem sempre era amistoso. Em 2005, o Portuga deixou a banda por divergências musicais, e parece que ele sumiu do cenário musical.
Em 2007, Wally também saiu, aparecendo mais tarde com a banda Astafix, que lançou dois discos e está em hiato desde 2015.
Em 2020, se envolveu em uma polêmica com uma fã adolescente e foi desligado da banda. Hoje, ele continua na música, participando de workshops e projetos com outras bandas.
Fernando Sanches, que também tocou baixo no CPM 22, atualmente integra a banda O Inimigo.
O atual CPM 22 continua firme e forte, e no ano passado lançou um novo single, “Vale Tudo”.