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Silverchair: Da Zoação ao Respeito – Uma Jornada pelo Pós-Grunge

Nos primórdios dos anos 2000, Silverchair era uma banda que muitos zoavam, provocando seus fãs até deixá-los bastante irritados. Como uma das muitas bandas que emergiram no cenário pós-grunge, eles tentaram reviver os anos dourados dos flaneleiros dos anos 90. Claro, essa tentativa dividiu opiniões: alguns amam e outros odiavam. Com projetos marcados por um som melancólico e músicas que lembravam Nirvana, a banda marcou uma época em que era cada vez mais difícil encontrar novas bandas de qualidade. Vamos explorar a trajetória desta banda que deixou um legado significativo no rock.

O Início Humilde

Silverchair nasceu em 1992, em Newcastle, Austrália, como Innocent Criminals. Daniel Johns, Chris Joannou e Ben Gillies, ainda adolescentes, decidiram formar a banda enquanto estavam na escola. Inicialmente, sem instrumentos, faziam sons ao estilo rap, apenas como brincadeira. Daniel comprou uma guitarra, influenciando Chris a fazer o mesmo, e Ben assumiu a bateria. Os ensaios, embora toscos, mostravam a atitude dos jovens músicos.

No começo, a banda era um caos sonoro. Daniel gritava letras de ódio e dor, enquanto os outros mal tinham técnica nos instrumentos. Apesar disso, a banda ganhou um concurso local com a música “Tomorrow”, o que lhes rendeu a gravação de um CD e um videoclipe. Essa vitória chamou a atenção de uma subsidiária da Sony, a Murmur, com quem assinaram contrato em 1995.

Ascensão ao Sucesso

Com o nome Silverchair, lançaram uma versão melhorada de “Tomorrow”, que foi bem recebida. Em seguida, lançaram o EP “Frogstomp”, um álbum que respira o groove pesado de bandas como Alice in Chains e Stone Temple Pilots. O disco, lançado em 1995, foi um sucesso comercial, consolidando a banda na cena grunge.

Em 1997, lançaram “Freak Show”, um álbum que, apesar de não ter vendido bem nos Estados Unidos, trouxe hinos como “Freak” e “Abuse Me”. Este álbum marcou um amadurecimento na sonoridade da banda, com influências mais sombrias e arrastadas. Mesmo com vendas baixas, a banda saiu em turnê com o Red Hot Chili Peppers, ganhando visibilidade.

Maturidade Musical e Controvérsias

O terceiro álbum, “Neon Ballroom” (1999), trouxe um som mais maduro e experimental. Daniel Johns, que evoluiu significativamente como compositor, abordou temas mais tristes e melancólicos, o que conferiu ao álbum uma identidade única. No entanto, controvérsias começaram a surgir. A mídia criticava a banda, alegando que eram uma cópia barata do Pearl Jam, mas Daniel sempre destacou influências de bandas clássicas como Led Zeppelin.

Problemas pessoais de Daniel também vieram à tona. Ele lutava contra a depressão e a anorexia, além de ser um vegetariano estrito, boicotando marcas que utilizam produtos de origem animal. Em 2001, Silverchair se apresentou no Rock in Rio, reforçando sua presença internacional.

O Experimento do “Diorama”

Em 2002, lançaram “Diorama”, um álbum denso e diferente, com uma produção superior. Apesar de alguns fãs mais conservadores torcerem o nariz, o disco foi bem recebido pela crítica e ganhou prêmios. Daniel, no entanto, decidiu fazer uma pausa e formou um projeto paralelo com Paul Mac.

O Último Capítulo

Após o tsunami de 2004, a banda retomou as atividades e, em 2007, lançou seu último álbum, “Young Modern”. No entanto, em 2011, Silverchair encerrou suas atividades. Daniel revelou problemas de saúde, incluindo artrite reativa e ansiedade, além de expressar desilusão com a indústria fonográfica. Ele se distanciou dos ex-membros da banda, deixando claro que um retorno era improvável.

Silverchair deixou um legado que vai além das zoações iniciais. Evoluíram de adolescentes barulhentos para músicos respeitados, enfrentando desafios pessoais e profissionais. Para os fãs, a separação foi um golpe, mas a música e a influência da banda continuam a ressoar. Se você ainda tinha esperanças de uma reunião, é melhor aceitar que isso provavelmente não vai acontecer. Mas a música deles permanece, marcando uma época e inspirando novas gerações.

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