Todos nós concordamos que os anos 80 foram uma época dourada para movimentos culturais e musicais, certo? Se você era um dos góticos que pulava o Cemitério para tomar um vinho entre as tumbas e depois ia para os rolês dançar com a parede, provavelmente curtiu muito *Sisters of Mercy*.
Tudo começou em Leeds, na Inglaterra, em 1980, quando Andrew Eldritch e Gary Marx formaram a banda. Com ela, veio também o selo *Merciful Release*, e logo lançaram seu primeiro single, “The Damage Done”, com uma tiragem de mil cópias. Poucas dessas cópias foram vendidas inicialmente.
No entanto, em 1981, a banda passou por uma reformulação. Eldritch teve um insight e percebeu que não era um bom baterista, então decidiu assumir os vocais, enquanto Marx ficou com a guitarra. Para completar a formação, entraram Craig Adams no baixo e a lendária bateria eletrônica, Doctor Avalanche. Finalmente, fizeram sua primeira apresentação ao vivo.
Em 1982, lançaram o segundo single, “Body Electric”. Este trabalho foi bem recebido e ganhou o prêmio de Single da Semana pela *Melody Maker*. Em 1983, o *Sisters of Mercy* lançou vários singles que se tornaram clássicos, como “Temple of Love”, “Alice” e um cover icônico de “Gimme Shelter”, dos Rolling Stones.
Em 1984, Wayne Hussey entrou para a banda. Com uma base de fãs crescente, assinaram com a gigante *Warner Music*. Para comemorar, fizeram um show de encerramento da turnê *Touring the Angel* no Royal Albert Hall, em Londres. Esse show marcou o primeiro grande ápice da carreira da banda e foi a única apresentação ao vivo oficialmente gravada até então.
No início de 1986, Wayne Hussey e Craig Adams deixaram a banda e formaram o *The Mission*. Entre a criação do *The Mission* e a saída de Hussey, houve uma disputa com Eldritch pelo nome *Sisterhood*, que Hussey queria usar em sua nova banda. No final, Hussey perdeu a causa e teve que mudar o nome de seu projeto.
Após um tempo afastado da cena musical, Eldritch lançou um projeto paralelo chamado Sisterhood. Ele se mudou para a Alemanha e, após um período de silêncio, lançou um novo single sob o nome *Sisters of Mercy*. Este trabalho foi direto para o Top 10 na Inglaterra e alcançou o primeiro lugar na parada alternativa americana.
Em novembro de 1987, lançaram o segundo álbum, Floodland, que foi muito bem recebido pela crítica e pela cena gótica. No início de 1991, a banda já estava inserida no cenário dos EUA e promoveu uma bem-sucedida turnê por lá. Mesmo assim, Tony James deixou a banda.
Em 1992, lançaram “Temple of Love” com novos vocais de Eldritch, backing vocals de Ofra Haza e novas linhas de guitarra. Esta versão chegou ao terceiro lugar nas paradas inglesas. Em agosto, lançaram a coletânea *Some Girls Wander By Mistake*. No entanto, Andreas Bruhn e Tim Bricheno saíram da banda para se dedicarem a projetos solo.
Adam Pearson assumiu a guitarra e a banda encerrou uma turnê pela Alemanha junto com os Ramones. Em 1994 e 1995, Eldritch enfrentou problemas com a gravadora e afirmou que não lançaria mais nenhum disco enquanto a disputa não fosse resolvida. Durante esse período, ele produziu alguns remixes de rock industrial.
Em 1996, Chris Sheehan entrou como guitarrista e recrutou um programador de bateria chamado Ravey Ravey para trabalhar com Doktor Avalanche. Após algumas apresentações em festivais de verão pela Europa, Sheehan foi substituído por Mike Varjak. Em 1997, fizeram uma turnê que passou pela Grécia, onde tocaram duas músicas novas, “War on Drugs” e “Summer”.
Eldritch encabeçou um projeto paralelo chamado *SVT* e, após resolver as disputas com a gravadora, a banda continuou firme. Incrivelmente, *Sisters of Mercy* ainda se apresenta ao vivo. Inclusive, haverá um show no próximo mês. Já comprou seu ingresso? Comente aqui embaixo.
Sisters of Mercy pode ter uma discografia curta, mas suas músicas atravessaram o tempo e continuam relevantes até hoje. Qual é a sua música preferida da banda? Comente aqui embaixo.
Este foi um pouco da história dos Sisters of Mercy.