Argonautha – Música e Cultura Pop

As 10 Bandas que Definiram a Música na Década de 2010

A década de 2010 foi um período de transformações profundas na música, em que gêneros foram desconstruídos, novos sons tomaram forma e as regras do mainstream foram reescritas. A inovação não foi apenas técnica, mas também cultural, com muitas bandas não apenas se destacando pela sonoridade única, mas também pelos posicionamentos e pela maneira como desafiaram as normas da indústria. Do punk visceral ao rock alternativo, do metal inovador ao hip-hop experimental, esses artistas não só se destacaram em seus próprios gêneros, mas também criaram diálogos entre estilos, transcendendo fronteiras musicais.

A seguir, destacamos 10 bandas que, por suas inovações sonoras, impactos culturais e exploração dos limites de seus respectivos gêneros, marcaram definitivamente a década de 2010. Se você é apaixonado por música e quer redescobrir ou explorar esses ícones contemporâneos, fique conosco nessa viagem musical.

1 – Greta Van Fleet (2012)
Origem: EUA | Estilo: Hard Rock, Blues Rock

Embora a crítica tenha inicialmente apontado a similaridade de Greta Van Fleet com o Led Zeppelin, especialmente por conta de seu som agressivamente reminiscente mente vintage dos anos 70, a banda conseguiu transcender essa comparação e conquistar uma nova geração de fãs. O hard rock do grupo, que mistura blues, rock clássico e uma energia jovial, tornou-se uma voz revigorante em um cenário musical dominado por pop e EDM. Ao longo da década, a banda provou que não se limitava a uma mera imitação, mas evoluía constantemente, criando uma identidade própria com nuances contemporâneas, e continua sendo uma das maiores promessas do rock moderno.

2 – Turnstile (2010)
Origem: EUA | Estilo: Hardcore, Rock Alternativo, Punk

O hardcore estava precisando de uma reinvenção, e Turnstile foi a resposta para isso. A banda não apenas preservou a intensidade visceral do gênero, mas também a expandiu de forma criativa ao incorporar elementos inesperados de indie, funk, hip-hop e até música eletrônica. Em sua jornada sonora, o álbum “GLOW ON” se tornou uma obra-prima que desafiou as expectativas e provou que o hardcore poderia ser inovador sem perder a agressividade. Com uma estética visual icônica e performances ao vivo de tirar o fôlego, Turnstile não só redefiniu o hardcore, mas também conquistou uma base de fãs mais ampla, muito além do nicho em que iniciou sua jornada.

3 – Brockhampton (2014)
Origem: EUA | Estilo: Hip-Hop Alternativo, Pop Experimental

Considerados por muitos como a “boy band americana”, o Brockhampton ultrapassou os limites do hip-hop com sua mistura eclética de estilos, incluindo elementos de música eletrônica, R&B e pop experimental. Sua abordagem inclusiva também marcou a década, com o coletivo sendo um dos primeiros a abraçar abertamente as identidades LGBTQ+ dentro da cena musical mainstream. Álbuns como “SATURATION” não apenas chocaram pela inventividade musical, mas também pela audácia de seu discurso. Ao longo dos anos, Brockhampton tornou-se um ponto de referência no movimento de coletivos independentes, deixando uma marca indelével no hip-hop contemporâneo antes de se separarem em 2022.

4 – Fontaines D.C. (2014)
Origem: Irlanda | Estilo: Pós-Punk, Indie Rock

O quinteto irlandês Fontaines D.C. se destacou não apenas pela sonoridade pós-punk vibrante, mas também pela profundidade poética de suas letras. Influenciados pela literatura e pela cultura irlandesa, a banda transitou com facilidade entre o melancólico e o agressivo, criando atmosferas densas e emocionalmente carregadas. Em álbuns como “Dogrel” e “A Hero’s Death”, a banda misturou um toque de irreverência com críticas sociais e existenciais, mantendo uma autenticidade que lhes garantiu a aclamação internacional. Seu som não só ressoou com fãs de pós-punk, mas também atraiu uma nova geração de ouvintes em busca de algo mais profundo e provocador.

5 – Sleep Token (2016)
Origem: Reino Unido | Estilo: Metal Progressivo, Alternativo, R&B

Uma das bandas mais misteriosas da década, Sleep Token se destacou por sua fusão de metal progressivo com melodias de R&B e vocais emotivos. Liderados pelo enigmático Vessel, o coletivo britânico criou um universo musical próprio, com cada álbum e faixa revelando camadas de complexidade emocional. A atmosfera única da banda, que mistura espiritualidade, obscuridade e leveza, ressoou profundamente com uma base de fãs dedicada. Canções como “Granite” e “The Summoning” exemplificam a habilidade de Sleep Token de equilibrar pesados riffs de guitarra com uma melancolia sutil que encantou tanto fãs de metal quanto de soul.

6 – Royal Blood (2011)
Origem: Reino Unido | Estilo: Hard Rock, Garage Rock

Com apenas dois membros, Royal Blood conseguiu reinventar o hard rock, desafiando a noção de que uma banda precisa de mais músicos para criar uma sonoridade pesada e dinâmica. Usando apenas baixo e bateria, a dupla produziu um som visceral e imersivo, que foi crucial para manter a relevância do rock em uma década dominada por outros estilos. Com faixas como “Out of the Black” e “Figure It Out”, o duo trouxe de volta a agressividade crua do rock, criando uma experiência auditiva intensa, sem a necessidade de guitarras adicionais.

7 – Måneskin (2016)
Origem: Itália | Estilo: Glam Rock, Hard Rock

O Måneskin, uma das maiores surpresas da década, não só conquistou uma enorme base de fãs com seu rock sujo e cheio de atitude, mas também reintroduziu o glam rock à cena mainstream. Vencedores do Eurovision Song Contest, a banda italiana foi além ao se estabelecer como um ícone global, influenciando tanto a música quanto a moda. Com letras audaciosas e uma performance teatral, músicas como “Beggin'” e “ZITTI E BUONI” mostraram que o rock ainda tem uma energia provocadora capaz de atravessar gerações.

8 – Wet Leg (2019)
Origem: Reino Unido | Estilo: Indie Rock, Post-Punk

Wet Leg é um fenômeno que não só conquistou as paradas com seu indie rock inovador, mas também encantou o público com suas letras irreverentes e humor ácido. Formado por Rhian Teasdale e Hester Chambers, o duo britânico rapidamente se tornou um dos maiores nomes do indie rock atual. Com riffs afiados e uma energia contagiante, Wet Leg conseguiu equilibrar o humor com a melancolia de forma única, como evidenciado em faixas como “Chaise Longue” e “Wet Dream”.

9 – Spirit Box (2016)
Origem: Canadá | Estilo: Metalcore, Djent, Rock Alternativo

O Spirit Box se tornou uma das bandas mais inovadoras do metal moderno ao misturar elementos de djent e metalcore com atmosferas experimentais. Liderados pela talentosa vocalista Courtney LaPlante, a banda trouxe uma nova dimensão ao metalcore, equilibrando momentos de peso absoluto com passagens melódicas e atmosféricas. Faixas como “Holy Roller” e “Circle With Me” mostraram a habilidade da banda em explorar as emoções humanas enquanto empurram os limites da música pesada para novos horizontes.

10 – SAULT (2019)
Origem: Reino Unido | Estilo: Soul, R&B, Funk, Música Experimental

Com uma identidade misteriosa e uma abordagem experimental, o coletivo britânico SAULT se tornou um dos maiores fenômenos da música alternativa contemporânea. Misturando soul, funk e R&B com letras politicamente carregadas, SAULT criou uma sonoridade única que resistiu ao apelo da fama. Evitando entrevistas e aparições públicas, o grupo permaneceu uma força artística focada exclusivamente na música. Álbuns como “Wildfires” e “Sonshine” se destacaram pela originalidade e profundidade emocional.