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A Revolução do Planet Hemp e a Cultura dos Anos 90

Explore a influência e polêmicas do Planet Hemp nos anos 90, o impacto cultural e social da banda no Brasil e sua luta pela legalização.

Explore a influência e polêmicas do Planet Hemp nos anos 90, o impacto cultural e social da banda no Brasil e sua luta pela legalização da maconha.

Nos anos 90, o cenário cultural estava em ebulição, sem limites ou freios morais. Se voltássemos no tempo, muitos jovens de hoje, especialmente os mais engajados em questões sociais nas redes, ficariam chocados com o ambiente da época. 

Apesar do caos de ideias, havia um falso moralismo é uma hipocrisia latente no cidadão médio.

Nesse contexto de contradições, figuras polêmicas como Marilyn Manson fizeram sentido. Ele chocava a sociedade com seu visual e comportamento provocativos. 

No Brasil, uma banda que causou grande polêmica foi o Planet Hemp, conhecida por sua defesa da legalização das drogas, especialmente a maconha. 

A juventude dos anos 90 adorava o grupo, que se tornou um símbolo de rebeldia e contestação.

A história do Planet Hemp começou com o encontro entre Marcelo D2 e o falecido Skunk. D2, frustrado por não se tornar um skatista profissional e com um filho pequeno para criar, encontrou em Skunk, que lutava contra a AIDS, um parceiro para canalizar suas frustrações através da música

Assim nasceu o Planet Hemp, um projeto que rapidamente ganhou força e notoriedade.

Mesmo com poucos recursos e estrutura precária, a banda mergulhou de cabeça na ideia. Skunk, que trabalhava como porteiro de boate, estava envolvido em algumas produções autorais de samples. Infelizmente, ele faleceu em 1994, mas seu legado continuou. 

Após a morte de Skunk, BNegão entrou na banda, que também ganhou outros membros como Black Alien e DJ Nuts.

A má fama de maconheiros levou à perseguição da banda, resultando no cancelamento de vários shows. Eles até enfrentaram problemas no Chile. 

Em 1995, lançaram seu primeiro álbum, “Usuário”, que rapidamente se tornou um sucesso, com músicas que se tornaram clássicos da banda. No entanto, a perseguição continuou, culminando na prisão dos integrantes em 1997.

O segundo álbum, “Os Cães Ladram mas a Caravana Não Para”, lançado em 1997, também enfrentou desafios devido à forte censura e perseguição. 

Apesar disso, a banda persistiu, lançando “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça” em 2000 e “MTV ao Vivo” em 2001. 

No entanto, a partir de 2002, o grupo entrou em hiato devido à perseguição e aos projetos individuais dos membros, como as carreiras solo de Marcelo D2 e BNegão.

Em 2022, após um longo período de pausa, a banda lançou um novo álbum, “Jardineiros”. O Planet Hemp segue ativo, realizando shows e mantendo viva a chama da contestação e da defesa da legalização da maconha. Eles foram pioneiros em trazer à luz um debate que, na época, era extremamente tabu.

Qual é a sua opinião sobre a legalização da maconha e outras drogas? Deixe seu comentário abaixo e não se esqueça de conferir nosso vídeo sobre outra banda icônica dos anos 2000, que também deixou sua marca na história da música brasileira.

Se preferir, ouça um PodCast sobre o assunto:

 Referências

  1. Livro “O Diário de Marcelo D2” – Uma autobiografia detalhada do vocalista, abordando sua trajetória pessoal e com a banda.
  2. Documentário “Planet Hemp: A História” – Produzido pela MTV, oferece um olhar aprofundado sobre a carreira da banda e seus desafios.
  3. Artigo “A Revolução do Rap Nacional nos Anos 90” – Publicado na Revista Rolling Stone, discute a influência do Planet Hemp no cenário musical brasileiro.

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