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Explorando “Don’t Stop Believin'”: A Jornada Épica de Journey e o Legado da Canção

Explore a icônica canção ‘Don’t Stop Believin” do Journey: sua criação, impacto e a inspiradora história por trás desse hino eterno
A Ascensão de Journey: Da Cidade Pequena ao Estrelato
Journey é uma banda de rock americana que nasceu em São Francisco em 1973. A formação original incluía integrantes de bandas notáveis como Santana e Steve Miller Band.
Inicialmente conhecida como Golden Gate Rhythm Section, a banda atuava como grupo de apoio para diversos artistas da cena musical de São Francisco. Composta por Neal Schon na guitarra, Gregg Rolie nos teclados e vocais, Ross Valory no baixo e Aynsley Dunbar na bateria, a banda passou por várias mudanças antes de encontrar seu verdadeiro caminho.
Após um show no Havaí, Journey decidiu abandonar o conceito de banda de apoio e explorar um novo estilo musical. A banda começou a se afastar do jazz fusion, um gênero que combina harmonias e improvisações do jazz com funk, rock e blues, para buscar um som mais distintivo e original.
Mudanças e Novos Rumos: A Evolução do Som de Journey
Em fevereiro de 1974, Journey contratou o baterista britânico Aynsley Dunbar, que já havia tocado com a banda de rock britânica Dada.
No mesmo ano, a banda assinou com a Columbia Records e entrou no CBS Studios em novembro para gravar seu álbum de estreia, produzido por Roy Thomas Baker. Contudo, a saída do guitarrista técnico após a gravação do álbum levou a uma mudança na formação da banda, com Neal Schon assumindo as guitarras.
Durante a década de 1970, Journey lançou dois álbuns adicionais, mas foi em 1977 que a banda passou por uma transformação significativa.
A pedido da gravadora, Journey decidiu mudar seu estilo musical e adicionar um vocalista principal. A entrada temporária de Robert Plant, conhecido por seu trabalho com Led Zeppelin, trouxe um som semelhante ao da banda britânica, mas conflitos com o empresário Herb Alpert resultaram na saída de Plant.
Foi então que Journey recrutou Steve Perry como novo vocalista. Com Perry a bordo, a banda começou a trabalhar com o renomado produtor musical Kevin Shirley, que havia produzido álbuns para a banda britânica Queen. Essa colaboração resultou em um som mais sofisticado, com camadas vocais semelhantes às de Queen.
O Marco de “Infinity” e a Chegada de Jonathan Cain
O quarto álbum da banda, “Infinity”, lançado em 1978, marcou uma nova fase para Journey. No entanto, o baterista Steve Smith não estava totalmente satisfeito com o novo estilo musical da banda e acabou deixando o grupo. Foi então que Steve Smith foi substituído por Steve Smith, e Journey lançou mais dois álbuns: “Evolution” em 1979 e “Departure” em 1980.
Durante a turnê do álbum “Departure”, o tecladista Gregg Rolie deixou a banda e sugeriu Jonathan Caim como seu substituto. A entrada de Caim trouxe uma sonoridade mais moderna para a banda, incorporando sintetizadores no lugar do Hammond utilizado por Gregg Rolie. Essa mudança foi fundamental para o próximo passo na carreira de Journey.
O Impacto do Álbum “Escape” e o Surgimento de “Don’t Stop Believin'”
No final de 1980, Journey lançou seu sétimo álbum de estúdio, “Escape”, que se tornou um divisor de águas na trajetória da banda. Este álbum trouxe vários sucessos, incluindo “Who ‘s Crying Now”, “Open Arms” e, é claro, a icônica “Don’t Stop Believin'”. A canção se destacou por sua introdução de piano memorável, a escalada da guitarra e a batida da bateria, criando um som inconfundível que se tornaria um hino para gerações de fãs.
A história por trás de “Don’t Stop Believin'” é igualmente fascinante. Jonathan Cain, o tecladista da banda, deixou sua cidade natal de Chicago e se mudou para Los Angeles na esperança de encontrar sucesso na música.
No entanto, as coisas não foram como ele esperava. Cain enfrentou dificuldades financeiras e até mesmo teve que pedir dinheiro emprestado ao pai para cobrir os custos veterinários de seu cachorro atropelado. Durante esse período desafiador, ele refletiu sobre sua situação e se lembrou das palavras encorajadoras de seu pai: “Não desista. Seu talento é valioso e tudo vai dar certo.”
Inspirado por essas palavras, Cain escreveu a frase “Don’t Stop Believin'” em seu caderno de composições. Quando a banda estava finalizando o álbum “Escape”, o produtor Kevin Shirley pediu a Steve Perry para apresentar uma nova canção. Caim apresentou a ideia de “Don’t Stop Believin'”, e a canção começou a tomar forma. Perry e Cain colaboraram para transformar a ideia em uma das canções mais emblemáticas do rock.
A Estrutura e a Produção de “Don’t Stop Believin'”
A estrutura musical de “Don’t Stop Believin'” é notável por seu uso de elementos distintivos. A introdução com piano cria uma atmosfera de expectativa, enquanto a guitarra no final do primeiro verso se assemelha ao som de um trem em movimento, adicionando uma sensação de dinamismo à música.
A bateria, liderada por Steve Smith, apresenta uma levada única para a época, destacando-se como uma referência para muitos bateristas.
Durante a gravação do álbum, Steve Perry contraiu um resfriado e não pôde gravar sua parte vocal imediatamente. Como resultado, a banda continuou a gravação sem ele e incluiu suas vozes na mixagem final uma semana depois. O álbum “Escape” foi gravado rapidamente, em cerca de 4 a 5 semanas, com muitas das vozes sendo capturadas ao vivo.
O Legado Duradouro de “Don’t Stop Believin'”
“Don’t Stop Believin'” tornou-se um hino de perseverança e esperança. A canção ressoa com a ideia de que, independentemente das dificuldades enfrentadas, a determinação e a crença em um futuro melhor podem levar ao sucesso. A música captura a essência dos anos 70 e 80, refletindo a jornada de muitos jovens que se mudaram para Los Angeles em busca de seus sonhos.
O impacto de “Don’t Stop Believin'” transcendeu a música, aparecendo em vários filmes, séries de TV e eventos culturais ao longo das décadas. Sua popularidade continua a crescer, demonstrando que a mensagem de esperança e resiliência nunca sai de moda.

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