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O lado sombrio da música: Conheça as figuras mais grotescas e controversas.

Descubra o lado sombrio da indústria musical. Conheça as figuras mais grotescas e controversas, incluindo Marilyn Manson, Ian Watkins e outros.

Se há algo que podemos afirmar com total convicção é que o ser humano é por demais complexo. 

Às vezes você acha que sabe com quem anda, com quem come, com quem dorme, com quem tem amizade; enfim, na verdade, você não sabe de coisa nenhuma. 

Como cita Paulo Coelho, em poucas palavras, todo mundo é um universo. 

Ou como dizia Nietzsche, “o único mundo real, único mundo verdadeiro, é o das aparências”. 

E no cenário musical, dos artistas idolatrados por muitos, isso não é diferente. Ainda mais nos dias de hoje, com a politização generalizada.

Sendo assim, vamos conhecer as figuras mais asquerosas da música.

Marilyn Manson: Do ícone controverso ao acusado de abuso sexual e doméstico.

Provavelmente, Marilyn Manson seja uma das figuras mais grotescas e controversas dos anos 90

Mas uma coisa é fato: ele representava os esquisitos nerds e desajustados do fundo de alguma sala de aula.

Uma das maiores polêmicas envolvendo Manson foi o suicídio ocorrido em Columbine, em 1999, um dos anos mais caóticos da nossa história

A real é que as pessoas nos anos 90 eram bem histéricas em procurar um culpado para suas próprias falhas. 

Quero dizer, se o seu filho era um bosta, talvez a culpa não seja de um jogo violento e de um músico que é um personagem bizarro.

Com o decorrer dos anos e, mais recentemente, Marilyn Manson saiu de um personagem grotesco para cair em uma série de acusações de abusos sexuais e domésticos por parte de pelo menos cinco mulheres, incluindo a atriz Evan Rachel Wood. 

Outra ex do vocalista, a modelo Dita Von Teese, disse que, no caso dela, não sofreu abusos, mas que apoia as acusações contra Manson.

Isso começou em 2021 e, naquele mesmo ano, ele apareceu numa cena bizarra que mais lembra uma seita secreta, ao lado de Kenny e Justin Bieber. Uma possível conversão ao cristianismo é uma das teorias.

 

Rick Castle: O Rei do Ácido que virou assassino

Um dos casos mais morbidamente fascinantes não é de um músico, mas sim de um fã de heavy metal, conhecido como Rei do Ácido, Rick Castle.

Resumindo o caso: nos anos 80, um grupo de adolescentes viciados em drogas, ligados ao satanismo e ao rock, começaram a se meter no meio de várias confusões. 

Gary Lawless teria supostamente roubado de Rick Castle uma porção de “pó de anjo”, uma droga sintética. Isso gerou uma briga entre os dois, que depois foi resolvida. 

Até que, fingindo ser amigo novamente, Lawless levou Castle e mais dois amigos para consumirem LSD e outras drogas.

Num determinado momento, Castle vai para cima de Lawless e começa a gritar: “Diga que ama Satanás!” Lawless retruca: “Eu amo a minha mãe”. E então, Castle começa a esfaquear o amigo até a morte.

Foi preso, mas durante o julgamento afirmou estar sob efeito de drogas, o que terminou de matar Lawless. Um corvo apareceu para ele, grasnou, como uma forma de aceitação. 

Castle foi condenado à prisão perpétua, mas acabou se enforcando em 7 de julho de 1984, aos 17 anos.

 

Ian Watkins: O líder do Lostprophets condenado por crimes hediondos

Uma das coisas mais surreais do início dos anos 2000 foi o surgimento do emo pop e só quem viveu a frenética cena de São Paulo.

Um dos expoentes dessa cena musical foi o Lostprophets, que tinha como líder Ian Watkins. 

Para as meninas da época, ele era um colírio da Capricho, o típico boy band com carinha lisinha. 

Mas, na realidade, ele foi um dos casos mais bizarros de abuso infantil da história da música.

A lista de crimes de Ian tem diversas instâncias de abuso infantil, chegando à insanidade de uma tentativa de estupro de um bebê e três ocasiões de abuso sexual. 

Watkins também foi condenado por posse de pornografia infantil e por atos sexuais com animais. Em 2013, ele foi condenado a 29 anos de prisão, em regime fechado.

Agora, em 2023, durante uma briga na prisão, ele foi esfaqueado por colegas de cela e socorrido seis horas depois do ocorrido. Mas sobreviveu ao ataque.

Euronymous: O caso bizarro do vocalista que comeu o cérebro do colega

O Heavy Metal foi se tornando um circo sem fim. Tudo começou quando surgiu o teatro criado pelo Shock Rock, como, por exemplo, Arthur Brown, ainda nos anos 50. 

Desse artifício teatral para impactar a molecada com suas performances bizarras, os mais conhecidos foram Alice Cooper e Kiss.

Mas muitos moleques dos anos 80 e 90 levaram isso a sério. Uma das vertentes que mais bebeu nessas performances bizarras, com intuito de chocar a sociedade com pseudo satanismo, foi o Black Metal.

Um dos personagens mais conhecidos dessa cena foi Euronymous. Basicamente, ele tinha uma loja e um selo de discos

A loja se chamava Helvete, lá seus fãs faziam encontros e fundaram um clube chamado Inner Circle. A partir daí, juntamente com outros membros, eles queimaram igrejas na Noruega durante os anos 90.

Essa história é cheia de detalhes, assassinatos e mistérios. 

Resumindo: Euronymous tinha uma banda, o Mayhem, cujo vocalista era o perturbado Dead, que sofria de uma doença chamada síndrome de Cotard e achava que era um cadáver vivo. Por fim, ele deu um tiro na própria cabeça. E quem achou o corpo foi Euronymous.

Num primeiro momento, Euronymous juntou pedaços do crânio do amigo e fez colares para os outros membros da banda. Ele até comeu pedacinhos do cérebro esfacelado do Dead para saber como era o gosto. Depois, comprou uma câmera, tirou várias fotos e transformou essas fotos na capa de um dos discos do Mayhem.

 

GG Allin: O punk que defecava no palco e jogava na plateia

Outro ser nojento, mas que não escondia suas loucuras escatológicas, era GG Allin. Fazia um som punk sujo e decadente, bem como era a sua figura. Humana de um punk rocker era ser podre, largado e sujo. GG Alin viveu essa filosofia. 

Hoje, o punk tradicional é um amador perto dele. Porque GG Allin foi até o fundo do poço desse movimento. 

Ele se despia durante suas apresentações, se agachava, defecava no palco, passava no próprio corpo e depois jogava na plateia. 

Com o tempo, os donos de casa de shows começaram a vetar a presença infame de GG Allin. Ele teve uma overdose de heroína e morreu em 1993. 

O velório, que tem no YouTube, eu não vou pôr aqui por razões óbvias. Foi um verdadeiro circo, com fãs brincando com o corpo dele no caixão, tirando fotos dele segurando uma garrafa de whisky e seus discos em volta. Porque esse era o sonho dele: ser enterrado com seus discos.

O ser humano não tem limites para a idiotice. GG Allin, Ian Watkins e Rick Castle são apenas um pontinho no meio do oceano de bizarrices que o ser humano é capaz de cometer.