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Suedehead – análise de música

Suedehead, Morrisse

No artigo de hoje vamos analisar Suedehead, de Morrissey, e saber o significado dessa palavra tão engraçada.

Suedehead é o primeiro single que Morrissey lançou seis meses após a dissolução definitiva dos Smiths, em 1988. Esse que é considerado por muitos o maior sucesso de sua carreira solo, sendo que foi produzido em conjunto com o guitarrista Stephen Street.

Seu primeiro lançamento pela grande gravadora EMI chegou ao número 5 nas paradas do Reino Unido, que era mais alto do que qualquer single dos Smiths havia alcançado naquele momento.

A campanha promocional da música vem acompanahda de um vídeo que mostra Morrissey percorrendo as ruas de Fairmount, Indiana, onde seu herói James Dean, cresceu.

Muitos confundem essa música como uma obra da discografia dos Smiths, devido a sua sonoridade, muito semelhante ao que foi produzido por essa banda, aproximando muito o início da carreira solo de Morrissey ao final da carreira dos Smiths.

O Processo de Criação de Suedhead.

Assim fica a pergunta, será que o fim dos Smiths já tinha a marca da musicalidade que Morrissey queria dar a banda ou o início da carreira de Morrissey ainda sofria a influência da sonoridade criada por John Marrs?

Sabe-se que um dos motivos de Marrs sair dos Smiths foi a insistência de Morrisey de manter o mesmo padrão sonoro, enquanto esse queria impor um ritmo mais pesado a banda.

Originalmente, Rourke e Joyce deveriam tocar no single, mas em vez disso, Vini Reilly, o homem por trás do projeto de Manchester The Durutti Column, foi trazido para arranjar guitarras e teclados, o produtor Stephen Street assumiu as funções de baixo e Andrew Paresi tocou bateria.

As sessões ocorreram entre outubro e dezembro de 1987 no The Wool Hall em Bath, onde o último álbum dos Smiths foi gravado e Morrissey trabalhou em estreita colaboração com o produtor Street nas músicas. Street mais tarde lembrou: “Tentar manter Morrissey feliz – como muitas pessoas descobriram ao longo dos anos – é uma coisa bastante difícil de fazer. Você está pisando em ovos a maior parte do tempo.”

Mais o que significa Suedehead?

Bom, Suedehead literalmente significa cabeça de camurça, mas na verdade trata-se de uma dissidência do movimento skinhead, ex-integrantes dos cabeças raspadas que deixavam o cabelo crescer. Onde a sensação de passar a mão em uma cabeça em que o cabelo está crescendo é semelhante a camurça.

Dizem que Morrissey escolheu o título por influência de um livro de um de seus autores preferidos, Richard Allen, continuação do sucesso Skinhead.

No livro o autor relata a trajetória de um ex-skinhead, Joe Hawkins. Muito provavelmente, Morrisey estava lendo essa obra no momento.

Mais o que um suedehead tem a ver com o tema da música? A meu entender, nada. A música fala de um relacionamento abusivo, de uma pessoa invasiva, que fica assediando o objeto de seu desejo, no caso, o poderia ser o próprio Morrisey.

Ele mesmo declarou: “Eu li o livro quando foi lançado e fiquei bastante interessado em todo o culto de Richard Allen. Mas realmente eu gosto da palavra ‘suedehead’.”

Existe a possibilidade de o tema da música ter sido inspirado em algum trecho da obra. Mas isso parece pouco provável.

Ao que parece, Morrissey está  mandando um recado para alguém, um recado bem duro, usando até a expressão, estou enojado e eu lamento muito essa sua atitude.

A letra, aparentemente fala sobre alguém na adolescência de Morrissey, mas, como ele disse à NME em fevereiro de 1988, “prefiro não dar endereços e números de telefone nesta fase”.

No final Morrissey reduz a conversa a expressão fomos bons na cama, numa interpretação livre da e aportuguesada da frase usada.

Uma afirmação não muito Morrissey para a época, pois dizia ter o celibato como um modo de vida: “nunca foi uma pessoa sexual”, disse ele certa vez.

Se preferir, ouça um podcast sobre o assunto:

Recomendação de livro:

Parte de nossa análise foi baseada no livro Mozpedia de Simon Goddard, uma obra muito ilustrativa sobre a carreira de Morrissey, disposta em forma de dicionário.

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