Poucos artistas conseguiram se destacar de forma tão completa quanto Tina Turner. Ela não apenas cantava, mas também tinha uma discografia impecável e atuava com grande competência. Infelizmente, perdemos mais uma estrela da música em 2023, um ano que continua sendo desafiador para os amantes da boa música. Neste artigo, vamos dedicar um momento para revisitar a história de Tina Turner, uma artista que marcou nossas vidas com inúmeros hits, trilhas sonoras e participações em filmes.
Infância e Início de Carreira
Tina Turner nasceu como Anna Mae Bullock em 26 de novembro de 1939, em Brownsville, uma cidade do Condado de Haywood, no Tennessee. Criada em uma família humilde, Tina trabalhou na colheita de algodão durante sua juventude. Filha de uma família batista, começou a cantar no coral da igreja local, onde a música já fazia parte de sua formação religiosa.
No final dos anos 50, Tina e uma de suas irmãs começaram a frequentar um clube de música local, onde ela conheceu Ike Turner, que tocava com sua banda Kings of Rhythm. Uma noite, Tina pegou o microfone e surpreendeu a todos com seu talento. A partir daí, começou a cantar com a banda, e sua primeira gravação em estúdio foi a música “Boxtop”.
Ascensão ao Sucesso
Ike compôs uma música chamada “A Fool in Love” e, quando o vocalista original não apareceu para a gravação, Tina insistiu em cantar. O produtor ficou impressionado e enviou a demo para a gravadora Sun Records, resultando em um contrato para a dupla. Ike teve a ideia de criar o nome artístico “Tina Turner” para dar uma identidade mais marcante às performances dela.
O lançamento de “A Fool in Love” em 1960 foi um sucesso, alcançando uma boa posição nas paradas da Billboard e se tornando um dos primeiros grandes hits da dupla. Para manter o ritmo, lançaram “It’s Gonna Work Out Fine”, que também foi um sucesso. A popularidade crescente chamou a atenção de gravadoras maiores, e a música “I Can’t Believe What You Say” abriu portas para a dupla.
Sucesso Internacional e Colaborações
A dupla alcançou sucesso internacional com “River Deep – Mountain High”, que chegou às paradas britânicas e resultou em uma turnê com os Rolling Stones. A faixa “Proud Mary”, uma versão de uma música do Creedence Clearwater Revival, vendeu mais de um milhão de cópias e rendeu um Grammy.
Os primeiros anos com Ike foram fundamentais para a carreira solo de Tina, que se consolidou principalmente nos anos 80. Sua participação no filme “Mad Max Beyond Thunderdome” e os álbuns solo lançados nessa década alavancaram ainda mais sua imagem no entretenimento.
Carreira Solo e Legado
Após um período sem lançamentos, Tina retornou com o álbum “Private Dancer” em 1984, que vendeu mais de 11 milhões de cópias e trouxe clássicos como “What ‘s Love Got to Do with It” e “Let’ s Stay Together”. Ela também se destacou no cinema, aparecendo em filmes como “Tommy” e “The Last Action Hero”, além de sua autobiografia “What ‘s Love Got to Do with It”.
Tina Turner era uma força da natureza no palco e na vida pessoal. Mesmo enfrentando dificuldades, incluindo um relacionamento abusivo com Ike Turner e um passado conturbado, ela criou um legado musical imenso. Mãe de quatro filhos, Tina viveu até os 83 anos, falecendo em 24 de maio de 2023. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Este foi um breve olhar sobre a carreira de uma das artistas mais icônicas da música. Tina Turner não apenas nos deu músicas inesquecíveis, mas também mostrou uma incrível resiliência e força de espírito, deixando um legado que continuará a inspirar gerações.