Muitas coisas nos fazem recordar dos anos 90: as cores vibrantes, as introduções de séries, games e desenhos que nos transportam no tempo. Para muitos, é impossível não sentir um toque de nostalgia quando pensamos nessa década icônica. Quem nunca sentiu um arrepio ao ouvir os primeiros acordes de uma canção familiar do rádio, como a versão acústica dos Titãs ou o refrão pegajoso de “Linger” do Cranberries?
Um Salto para o Passado
Lembram-se das viagens de carro com seus pais, no icônico Gol Quadrado 92 com catalisador, enquanto sintonizavam na rádio rock local? Momentos como estes definem os anos 90 para muitos de nós. E quando “Linger” do Cranberries tocava, era impossível não cantar junto. Esses hits definiram uma era e se eternizaram na voz inesquecível de Dolores O’Riordan, que infelizmente nos deixou em 2018.
O Início de uma Lenda
A história dos Cranberries começa em 1989 com os irmãos Noel e Mike Hogan. Originalmente chamada de “Cranberry Saw Us”, a banda tinha Niall Quinn como vocalista. No entanto, essa formação durou pouco. Já nos anos 90, Quinn saiu para se dedicar à sua nova banda, The Hitchers, e Dolores O’Riordan entrou para assumir o papel de frontwoman.
Ascensão ao Sucesso
Com Dolores no comando, o Cranberries gravou uma demo com “Dreams” e “Linger”, que rapidamente chamou a atenção de várias gravadoras. Em 1993, assinaram com a Island Records e lançaram seu álbum de estreia, “Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?”. Produzido por Stephen Street, conhecido por seu trabalho com The Smiths, o álbum apresentou ao mundo a voz única de Dolores e os primeiros grandes hits da banda.
Explosão Internacional
O verdadeiro sucesso veio em 1994 com o lançamento do segundo álbum, “No Need to Argue”, que incluía a icônica “Zombie”. A canção, com sua letra poderosa sobre um triste evento histórico, explodiu nas paradas e consolidou o Cranberries como uma das maiores bandas dos anos 90. Mesmo com a imprensa especulando sobre tensões internas e uma possível separação, a banda continuou firme e lançou “To the Faithful Departed” em 1996.
Desafios e Transformações
Apesar do sucesso, o álbum seguinte, “Bury the Hatchet” de 1999, não teve o mesmo impacto comercial. Algumas turnês foram canceladas, alimentando rumores de separação. No entanto, em 2001, o lançamento de “Wake Up and Smell the Coffee” foi visto como um retorno às raízes da banda, embora a pausa subsequente sugerisse uma nova fase de projetos paralelos para seus membros.
Uma Nova Era e uma Perda Trágica
Após um hiato, o Cranberries voltou com “Roses” em 2011. No entanto, em 2016, Dolores foi diagnosticada com transtorno bipolar, e a tragédia atingiu a banda em 2018, quando ela foi encontrada morta devido a uma intoxicação alcoólica. Em 2019, a banda lançou “In the End”, um álbum póstumo com gravações feitas em 2017, encerrando oficialmente suas atividades.
O Legado Duradouro
A contribuição de Dolores e do Cranberries para a música é inegável. A voz única de Dolores deu ao Cranberries uma identidade inconfundível, tornando-a insubstituível. Quando pensamos em Cranberries, é impossível não associar automaticamente à poderosa presença vocal de Dolores O’Riordan, que deixou uma marca indelével na história da música.