Quem acompanha o meu blog, sabe como eu adoro criar listas. Hoje resolvi criar uma lista com as capas de disco de vinil ou capas de CD que tiveram um grande significado na história da música pop.
Música Pop e polêmica sempre andaram juntos, e muitas as vezes as capas chamaram mais atenção que o próprio trabalho musical, sempre desempenhando um papel importante na estética, e às vezes isso envolve imagens de sexo, nudez, violência, horror, material protegido por direitos autorais e outros conteúdos que algumas pessoas acham censurável.
Eis aqui a lista:
“Houses of the Holy” do Led Zeppelin, lançado em 1973:
É uma obra de arte icônica criada pelo artista Storm Thorgerson e sua equipe da Hipgnosis. A capa apresenta uma cena surreal e mística, com crianças escalando formações rochosas em Giant’s Causeway, na Irlanda do Norte.
Meat Is Murder – The Smiths (1985):
A capa do álbum traz uma imagem do ator Terence Stamp retirada do filme “The Collector” (1965), com a frase “Meat Is Murder” em letras grandes.
A controvérsia está principalmente associada à posição vegetariana e ativista dos membros da banda, especialmente do vocalista Morrissey. A mensagem anti-carne e pró-direitos dos animais no álbum gerou discussões e reações de diferentes públicos, incluindo aqueles que discordavam da postura da banda em relação à dieta e à ética alimentar. Embora a capa em si possa não ser visualmente chocante, a mensagem por trás dela provocou debates e tornou o álbum um ponto focal para questões éticas relacionadas à alimentação.
Virgin Killer” – Scorpions (1976):
Esta capa apresenta uma imagem de uma garota nua, o que levou a críticas e até mesmo à censura em alguns países.
“Sticky Fingers” – The Rolling Stones (1971):
A capa desenhada por Andy Warhol traz uma imagem de uma braguilha de calça com um zíper funcional, o que gerou controvérsia na época.
“Nevermind” – Nirvana (1991):
Apesar de ser uma das capas mais icônicas da década de 1990, a imagem de um bebê nadando atrás de uma nota de dólar gerou polêmica devido à nudez infantil.
“Blind Faith” – Blind Faith (1969):
A capa, criada por Bob Seidemann, mostra uma jovem seminua segurando um avião em suas mãos. A imagem foi considerada controversa na época.
“Love It to Death” – Alice Cooper (1971):
A capa retrata Alice Cooper com uma cobra ao redor do pescoço, o que foi considerado chocante na época.
“Two Virgins” – John Lennon e Yoko Ono (1968):
A capa mostra uma fotografia dos dois artistas nus, o que gerou muita controvérsia e até mesmo levou algumas lojas a se recusarem a vender o álbum.
“Holy Wood (In the Shadow of the Valley of Death)” – Marilyn Manson (2000):
A capa apresenta uma imagem perturbadora de Manson crucificado, o que causou reações negativas de alguns grupos religiosos.
“Appetite for Destruction” dos Guns N’ Roses (1987):
A capa original do álbum apresentava uma ilustração do artista Robert Williams, retratando uma imagem de estupro e violência. A capa foi considerada excessivamente gráfica e ofensiva por alguns, levando a protestos e a pedidos para que fosse substituída. Como resultado, a gravadora Geffen Records decidiu substituir a capa original por uma imagem de uma cruz metálica com as cinco caveiras dos membros da banda.
“Volume 1” do CKY (1999):
A capa de “Volume 1” apresenta uma imagem surreal e distorcida de um homem pendurado, rodeado por elementos gráficos e cores vívidas. A imagem pode ser considerada desconcertante e provocativa, mas a controvérsia em torno dela pode depender da sensibilidade individual e da interpretação. É importante notar que a música e a imagem do CKY muitas vezes envolvem um estilo que incorpora elementos do skate, humor irreverente e uma abordagem mais provocativa.
“Balls Out” da banda Steel Panther (2011):
A capa mostra uma ilustração de uma pantera de aço (referência ao nome da banda) segurando uma bola de praia com as garras. O uso de elementos de duplo sentido e imagens sexualmente sugestivas é típico do estilo de Steel Panther, que satiriza os clichês e estereótipos do glam metal dos anos 1980.
“Balance” do Steel Panther ( 1995):
A capa de “Balance” é uma pintura do renomado artista de capas de álbuns, Glen Wexler. Ela retrata uma imagem surreal de um bebê dentro de um útero, equilibrando-se em uma corda bamba. O simbolismo da capa pode ser interpretado de diversas maneiras, mas a ideia central parece ser a busca pelo equilíbrio na vida, representada pela figura frágil do bebê em um ambiente desafiador.
Yesterday and Today, dos Beatles (1966):
A capa original apresentava os quatro membros dos Beatles vestidos com macacões brancos e cercados por pedaços de carne crua e bonecas decapitadas.
A ideia por trás da capa era uma forma de protesto e crítica da banda em relação à forma como eles estavam sendo “cortados” e comercializados pela indústria musical. No entanto, a capa foi considerada chocante e inapropriada por muitos, incluindo distribuidores e lojistas.
Megadeth – Youthanasia (1994)
Com base no conceito de que a sociedade estava sacrificando seus jovens, a capa do álbum do Megadeth traz uma mulher pendurando bebês pelos pés em um varal. O título, que associa a palavra “youth” (juventude) à eutanásia – prática que permite que um paciente em estado terminal ou que sofra de uma doença incurável tenha uma morte assistida por profissionais.
Rage Against the Machine – Rage Against the Machine (1992)
Para o seu disco de estreia, o Rage Against the Machine escolheu uma imagem chocante, do monge budista Thích Quảng Đức, registrada pelo fotógrafo norte-americano Malcolm Browne em Saigon, em 1963. O monge ateou fogo no próprio corpo em protesto contra a perseguição aos budistas realizada pelo governo sul-vietnamita.
Aerosmith – Nine Lives (1997)
Nine Lives, lançado pelo Aerosmith em 1997, retrata Lord Krishna com seios, vestindo trajes femininos e com uma cabeça de gata no lugar da cabeça original da divindade, enquanto dançava em cima do demônio em forma de cobra conhecido como Kāliyā.
Desconhecendo a origem da arte e o seu simbolismo negativo, a banda e a gravadora pediram desculpas e trocaram a capa pela imagem amplamente conhecida do gato em um alvo de dardos.
A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, Zé Ramalho (1979)
Um pouquinho de música nacional para alegrar o ambiente. No segundo disco de Zé Ramalho, A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, lançado em 1979, o artista não foi nada sutil. O personagem Zé do Caixão, muito popular no cinema brasileiro e foi convidado para estampar o diabo, com suas unhas gigantes. Enquanto, Zé Ramalho interpreta o dono do céu enquanto Xuxa Lopes faz o papel de uma “vampira”.