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A banda britânica Blossoms conquista a cena indie-pop com um som único e performances eletrizantes. Saiba mais sobre sua ascensão meteórica.
A banda britânica Blossoms conquista a cena indie-pop com um som único e performances eletrizantes. Saiba mais sobre sua ascensão meteórica.

Blossoms: O Surgimento de uma Nova Sensação no Indie Britânico.

A banda britânica Blossoms surgiu como uma das promessas mais interessantes do cenário musical atual, destacando-se em meio a uma nova geração de artistas indie-pop. 

Formada em 2013, o quinteto de Stockport rapidamente se destacou, lançando suas primeiras músicas em 2014 e ganhando a atenção tanto do público quanto da crítica. Mas, o que realmente faz o Blossoms se destacar? O que está por trás dessa ascensão meteórica que culminou com o lançamento de seu álbum de estreia e o reconhecimento de plataformas renomadas como o NME, Mojo e Uncut? Vamos destrinchar a carreira deles até aqui e o impacto que esse disco pode ter na trajetória da banda.

O vocalista e guitarrista Tom Ogden, o frontman do Blossoms, carrega consigo a alma da banda. Sua presença magnética e entrega emocional nas performances criam uma ponte direta com o público. É evidente que a estética do grupo, tanto sonora quanto visual, foi moldada por influências que vão desde Oasis até Stone Roses e The La ‘s, misturando nostalgia britânica com um toque contemporâneo. E é exatamente essa mistura que conquistou tanto os fãs quanto a crítica. O álbum de estreia da banda, intitulado Blossoms, imediatamente alcançou o topo das paradas britânicas e recebeu aclamação significativa. A Mojo concedeu ao disco quatro estrelas, elogiando o instinto melódico inato da banda, provavelmente herdado da paixão por Oasis na infância, e elogiou a fusão única de elementos de funk, soul e electro-pop que dá ao som do Blossoms um ar fresco.

Mas o sucesso inicial não foi por acaso. Como Tom Ogden explica, a banda começou sem grandes pretensões. “Nós começamos a banda porque queríamos algo para fazer em Stockport. Não tínhamos ideia de que gravaremos um álbum completo”, ele revela. Essa humildade inicial talvez seja uma das razões pelas quais o Blossoms mantém uma autenticidade rara. No entanto, conforme a banda evoluiu, eles começaram a perceber que estavam criando músicas com apelo universal, que ressoavam com o público de maneira profunda. “Acreditávamos que estávamos escrevendo boas músicas que as pessoas poderiam se relacionar”, explica Ogden.

E, de fato, o público respondeu. Além de uma base sólida de fãs no Reino Unido, a banda encontrou um acolhimento inesperado em terras distantes, como o Brasil. Para uma banda emergente, receber mensagens de fãs de diferentes cantos do mundo é um sinal claro de que algo especial está acontecendo. “Com as mídias sociais sendo tão fortes hoje, nós recebíamos tweets de pessoas do Brasil bem cedo. É incrível ver nossa música se espalhar por lá”, diz Ogden.

O que impulsiona o Blossoms é, sem dúvida, sua habilidade de misturar influências sonoras de décadas passadas com uma energia atual. Bandas como Stone Roses, The La ‘se, claro, Oasis foram peças centrais na formação do som da banda. No entanto, Blossoms se distancia do revivalismo puro e simples ao trazer texturas modernas ao indie-pop britânico. O álbum de estreia tem uma camada vibrante de synths que remete ao new wave, enquanto ainda mantém uma base sólida de guitarras que garantem a ancoragem rock da banda. Isso torna o disco uma experiência auditiva dinâmica, que pode agradar tanto os fãs de pop quanto os puristas do rock britânico.

Além disso, a banda tem sido uma presença constante em grandes festivais ao redor do mundo. Tocar em eventos como Glastonbury e Coachella não é apenas um privilégio, mas também um sinal de que o Blossoms está se firmando como um nome relevante no cenário global. “Nós nos sentimos honrados em tocar nesses palcos grandes”, afirma Ogden. Ele também reconhece que a banda merecia estar lá, indicando que, embora humildes em suas origens, eles têm plena consciência do impacto que estão causando. Essa confiança pode ser vista também quando ele menciona os ícones que influenciaram sua música, especialmente Liam Gallagher e o Oasis do início de carreira. “O fato de que eles eram caras normais de um lugar similar ao nosso fez com que acreditássemos que tudo é possível”, reflete Ogden. Essa identificação com a história do Oasis parece alimentar a ambição do Blossoms, enquanto eles buscam seu próprio lugar de destaque na história da música britânica.

Falando em herois, Ogden também expressou seu desejo de dividir o palco com nomes como Alex Turner, do Arctic Monkeys, ou Noel Gallagher. Ambos são gigantes da música contemporânea e, claramente, fontes de inspiração contínua para a banda. Não seria difícil imaginar um crossover épico entre Blossoms e um desses grandes nomes em um futuro próximo.

Quanto ao futuro da banda, já há um segundo álbum em andamento, previsto para ser lançado em breve. Isso mostra que o Blossoms não está satisfeito apenas com o sucesso de seu primeiro disco; eles estão prontos para seguir em frente, consolidar sua posição e, talvez, explorar novos territórios musicais. Como Ogden mencionou, o novo álbum já foi gravado e está previsto para o próximo ano. Fãs ao redor do mundo, inclusive no Brasil, aguardam ansiosamente para ver o que vem a seguir.

Além da música, a banda também tem outros interesses criativos, o que acrescenta uma camada extra de autenticidade à sua imagem. Ogden, por exemplo, sempre teve uma paixão por cinema, algo que ele finalmente conseguiu explorar enquanto filmava o documentário “All Night Long”, que capturou a banda durante uma turnê americana. Isso sugere que o Blossoms não está apenas focado em fazer música, mas em criar uma experiência completa para seus fãs.

E, claro, os brasileiros podem esperar por uma visita do Blossoms em um futuro próximo. Embora ainda não tenham confirmado sua participação no Lollapalooza Brasil, a banda expressou interesse em tocar na América do Sul, com o Brasil sendo um dos destinos principais em sua lista de desejos.

Em termos de apresentações ao vivo, a banda parece estar em casa nos grandes palcos, e músicas como “Deep Grass” mostram o quanto eles se divertem no palco. A combinação de guitarra e synths cria uma atmosfera festiva, e é perceptível que o Blossoms ainda tem muito mais a oferecer ao vivo.

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