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Harry Styles da boyband a ícone solo

Olá, Harry Styles fez o seu caminho para o coração dos pais que gostam de rock, dos tios que viraram a cara para o pop, da galera da moda e até mesmo de ícones como Stevie Nicks. Completando 10 anos de carreira este ano, Harry Styles já se tornou um ícone do pop e, ocasionalmente, do rock. No entanto, ele nem sempre caminhou sozinho. Antes da banda que você provavelmente está pensando, Harry Styles era vocalista da White Eskimo, uma banda cover que ele tinha com os amigos em sua cidade natal. Existem várias apresentações da banda no YouTube se você quiser ver Harry adolescente já se destacando como frontman.

Para quem não lembra, Harry foi parte da boyband One Direction, formada em 2010 no programa The X Factor. Eles se tornaram um dos maiores fenômenos pop do início da década passada. Ao contrário do que muita gente pensa, o One Direction tinha uma proposta diferente das boybands tradicionais. Eles não dançavam, usavam roupas iguais por pouco tempo e tinham um som que, às vezes, desviava do pop eletrônico da época, flertando com o rock. Eventualmente, em 2015, o grupo anunciou um hiato de 18 meses que persiste até hoje. Foi nesse ponto que o nome de Harry Styles começou a ganhar ainda mais peso.

Engana-se quem pensa que “Sign of the Times” foi o primeiro trabalho solo de Harry. Ainda quando estava no One Direction, em 2013, vazou uma faixa chamada “Don’t Let Me Go”, composta por ele. A música era uma balada carregada de piano, refletindo o estilo que ele viria a desenvolver na carreira solo, com letras vulneráveis e pessoais. Embora nunca lançada oficialmente, o vazamento foi suficiente para criar um alvoroço na época, com rumores de que a banda poderia acabar. No entanto, como sabemos, o grupo se separou eventualmente por outros motivos.

Embora muitas pessoas não levem boybands a sério, Harry sempre teve influências do rock. Podemos ver isso em músicas do One Direction como “Little Black Dress” e “Midnight Memories”. Portanto, quando críticos de música se surpreendem com o som de Harry ter uma relação com o rock, é um sinal de que não conhecem bem sua trajetória. Seu som solo é mais uma continuação do que ele e alguns outros membros já traziam para o grupo. Enquanto Louis Tomlinson se inclinava para o rock alternativo e folk, Harry trazia influências do rock dos anos 70 e 80.

Entre as maiores inspirações de Harry está o Fleetwood Mac, especialmente Stevie Nicks. Harry cresceu ouvindo a banda, influenciado por sua mãe, e Stevie Nicks se tornou uma de suas artistas prediletas. Imagine passar de fã a amigo íntimo, chegando a levar um bolo de cenoura para ela nos bastidores de um show. Essa amizade culminou em várias colaborações, incluindo Harry prestando homenagem a Stevie no Rock and Roll Hall of Fame em 2019.

Além do Fleetwood Mac, Harry já declarou outras influências musicais, como Paul Simon, Harry Nilsson, Van Morrison, Pink Floyd e David Bowie. Ele também tem influências que vão além da música, incluindo autores como Charles Bukowski e Haruki Murakami. Durante o tempo no One Direction, os holofotes sempre estiveram mais voltados para Harry do que para os outros membros, não necessariamente por ser melhor, mas por seu carisma encantador. Isso, junto com amizades e relacionamentos polêmicos com celebridades como Taylor Swift, manteve Harry constantemente nas manchetes.

Além da música, Harry já se arriscou na atuação, com destaque para seu papel em “Dunkirk” (2017), dirigido por Christopher Nolan. Ele também foi produtor executivo de uma série vagamente baseada em sua vida, “Happy Together” (2018). Sua relação com a moda é outro fator diferencial. Sempre envolvido com desfiles e tendências, Harry se tornou uma referência, especialmente após se tornar garoto-propaganda da Gucci e anfitrião do Met Gala.

Nos últimos anos, Harry tem experimentado mais com sua expressão de gênero, usando roupas que quebram a ideia tradicional de gênero. Em seus shows, ele faz questão de criar um ambiente seguro para seus fãs LGBTQIA +, falando sobre aceitação e amor em todas as noites. Essa postura, entretanto, gerou algumas polêmicas, com críticas de que ele estaria usando a comunidade LGBTQIA + para ganhar atenção sem se posicionar claramente sobre sua própria sexualidade.

Durante seu tempo no One Direction, havia especulações sobre sua sexualidade, com um forte ship entre ele e Louis Tomlinson, conhecido como Larry”. Harry nunca se pronunciou claramente sobre sua sexualidade, dando respostas vagas sobre o assunto. No entanto, ele sempre foi aberto sobre a importância de seus fãs adolescentes, defendendo que seus gostos são válidos e que elas são fundamentais para a indústria da música.

Harry Styles, britânico, gravou a maior parte de seus dois álbuns solo fora do Reino Unido. Seu álbum de estreia, autointitulado, foi produzido na Jamaica, permitindo uma imersão total no processo criativo. O resultado pode ser conferido no documentário lançado pela Apple Music e, claro, ouvindo o álbum. Seu trabalho mais recente, “Fine Line” (2019), foi gravado em três continentes, refletindo a diversidade de influências nas canções. O álbum apresenta uma variedade de estilos, desde o pop ensolarado de “Watermelon Sugar” até o rock clássico de “She”.

“Fine Line” teve um sucesso significativo, com duas estreias no topo da Billboard 200. Embora tenha dividido a crítica mais do que seu primeiro álbum, ainda assim foi bem recebido, com uma média de 7.6 pela crítica no Metacritic. O álbum é mais eclético e aborda situações pessoais de Harry, incluindo uma gravação de voz de sua ex-namorada na faixa “Cherry”.

Harry Styles está aqui para ser um artista para todos, sem abrir mão de ser ele mesmo. Quanto ao futuro, não há pressa para um retorno do One Direction, e Harry parece focado em sua carreira solo. Ele é um dos maiores ícones pop de sua geração, com uma promessa de continuar impactando a música e a cultura por muitos anos.

 

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