Clássicos do Nu Metal como Korn e Limp Bizkit marcaram uma era, mas o movimento decaiu rapidamente nos anos 2000.
Descubra o que levou ao declínio desse estilo único.
Uma discussão recorrente entre os amantes da música é o destino de movimentos dentro do rock e metal.
Alguns evitam rotular certos sub gêneros como movimentos musicais, preferindo desconsiderá-los como expressões artísticas.
No entanto, é importante reconhecer que a existência de subgêneros que não apreciamos não implica na morte dos outros que consideramos verdadeiramente rock ou metal.
O rock e o metal são subversivos ao ponto de se subverterem a si mesmos, e o Nu Metal foi um exemplo disso.
O ciclo de ondas no rock e metal:
Desde os anos 70, o rock e o metal têm vivido em ciclos de ondas. Esse período testemunhou o surgimento de diversos movimentos, como o punk, o post-punk e a New Wave.
Na década de 80, surgiram o thrash metal e o death metal, solidificando o conceito de metal extremo. Bandas como Slayer, Metallica, Anthrax, Testament e outras se tornaram referências desse movimento.
A relação entre os subgêneros e movimentos no rock e metal:
Embora todos esses subgêneros tenham surgido como parte de uma onda, alguns permaneceram enquanto outros desapareceram.
O thrash e o death metal, por exemplo, continuaram a existir como subgêneros sólidos, enquanto outros, como o glam metal, desapareceram gradualmente. No entanto, após um tempo, muitas bandas desses subgêneros deixaram de parecer autênticas.
A repetição no metal e a necessidade de inovação:
Com o passar do tempo, o metal começou a se repetir, incorporando as fórmulas que garantiram sucesso no mercado.
Isso levou a um êxodo musical em direção ao que estava em alta no momento. Bandas como Turbo do Judas Priest, Cold Lake do Celtic Frost e Burning Red do Machine Head são exemplos disso.
A busca por novos elementos sonoros:
Para fugir desse padrão mercadológico, o rock e o metal começaram a incorporar novos elementos sonoros em sua música.
Surgiram então subgêneros como o funky rock ou funk metal, exemplificado pelo Red Hot e seu álbum “Infectious Grooves”, que misturava elementos do rap e do funk com uma base de metal.
O surgimento do Nu Metal:
Em 1992, nasceu o álbum “The New Machine” do Fear Factory, que apresentava uma mistura de metal extremo com elementos eletrônicos e uma temática pós-apocalíptica. Bandas como Pantera, Korn e Deftones também foram pioneiras nesse movimento, cada uma trazendo características sonoras únicas.
A diversidade do Nu Metal:
O Nu Metal era caracterizado pela diversidade de estilos. Enquanto algumas bandas como Limp Bizkit e Linkin Park incorporaram elementos eletrônicos, outras como Slipknot e Sepultura misturavam influências do death metal e thrash metal.
O declínio do Nu Metal:
No entanto, por volta de 2005, o Nu Metal começou a perder força. O estilo tornou-se repetitivo e genérico, e muitas bandas lutam para manter sua criatividade. Mesmo bandas como Mudvayne e P.O.D. tiveram dificuldade em se manter relevantes.
Apesar de sua queda, o Nu Metal deixou um legado duradouro. Muitas das bandas que surgiram nos anos seguintes foram influenciadas por esse movimento.
Elementos como vocais limpos e sujos, quebras de ritmo e elementos eletrônicos tornaram-se comuns em diversas bandas de rock e metal da nova geração.
O Nu Metal pode ter morrido como movimento, mas seu legado continua vivo nas bandas que surgiram posteriormente.
Assim como Raul Seixas cantou em “Canto Para a Minha Morte“, o gênero pode ter morrido, mas continua vivo nas novas bandas de diferentes gêneros, provando que sua influência é duradoura e significativa.
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